Temer cria órgão para coordenar combate à violência contra mulher
Ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou a implantação de um núcleo de proteção diretamente ligado à pasta
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Por Mateus Fagundes e Álvaro Campos
Atualização:
SÃO PAULO - O presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), anunciou na manhã desta terça-feira, 31, em reunião com secretários de Segurança dos 26 Estados e do Distrito Federal e com o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, a criação de um órgão para coordenar os trabalhos de combate à violência contra a mulher.
O grupo de trabalho foi formado após o caso de estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro, que veio a tona na semana passada. Na ocasião, Temer foi bastante criticado nas redes sociais por demorar para se manifestar sobre o tema.
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"Estamos assistindo a uma onda crescente de violência contra a mulher. A competência não é da União, mas podemos ajudar no combate à violência contra a mulher", afirmou Temer. "Neste sentido, estamos vendo como podemos incrementar o auxílio aos Estados no combate a este tipo de violência porque entendemos que a conjugação de esforços é fundamental."
Em rápido discurso, Temer relembrou ainda a criação da Delegacia da Mulher e de Crimes raciais quando era secretário de Segurança de São Paulo, nos anos 1980. "O simbolismo nos anos 80 foi muito importante, porque vimos uma diminuição da violência. E eu acredito que esta reunião pode funcionar como símbolo de que o País todo está preocupado com a violência contra a mulher."
Manifestantes vão às ruas em apoio à vítima de estupro coletivo
1 / 15Manifestantes vão às ruas em apoio à vítima de estupro coletivo
Indignação no Rio
A jovem presta depoimento à polícia nesta sexta-feira, 27 Foto: Vanderlei Almeida/AFP
Indignação em SP
Nas imagens, os agressores aparecem zombando da vítima Foto: Gariela Bilo/Estadão
Indignação em SP
'Não dói o útero, dói a alma', postou a vítima em uma rede social Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Indignação no Rio
Manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Foto: Vanderlei Almeida/AFP
Indignação no Rio
Com cartazes, dezenas manifestaram apoio a jovem de 16 anos que foi estuprada por mais de 30 homens Foto: Vanderlei Almeida/AFP
Indignação no Rio
O caso atraiu a atenção da imprensa internacional Foto: Leo Correa/AP
Indignação no Rio
O crime também reacende o debate sobre o aborto no Brasil Foto: Leo Correa/AP
Indignação em SP
Manifestantes montaram um mural em apoio àvítima de estupro coletivo; no Brasil, uma mulher é violentada a cada 11 minutos Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Indignação em SP
As mensagens de indignação e solidariedade foramexpostas no Masp, em São Paulo Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Indignação em SP
O caso aconteceu no último fim de semana no Rio de Janeiro, mas só veio à tona na quarta-feira Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Indignação em SP
A vítima, uma adolescente de 16 anos, foi estuprada por 33 homens Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Indignação em SP
Dois dos agressores postaram um vídeo da jovem desacordada e nua nas redes sociais Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Indignação em SP
Por meio das postagens, a polícia já começou a identificar outros participantes do crime Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Indignação em SP
O caso teve repercussão internacional e gerou revolta nas redes sociais Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Indignação em SP
A jovem presta depoimento em uma delegacia especializada no Rio para esclarecer detalhes do crime Foto: Gabriela Bilo/Estadão
O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou em seguida a criação de um núcleo de proteção à mulher lidado diretamente à pasta. Segundo Moraes, estão sendo discutidas várias medidas para modernizar e integrar os órgãos de combate à violência da União, dos Estados e dos municípios.
Moraes disse ainda que a União pode firmar convênios específicos com Estados para o combate à violência em determinas regiões, incluindo o aporte de dinheiro por parte do governo federal.
Segundo o ministro, o Ministério da Justiça está preparando propostas de alterações legislativas, com mudanças na lei de execuções penais e também penas mais rigorosas para quem divulga imagens íntimas de mulheres na internet.
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Depois do encontro com secretários, conforme a agenda oficial, Temer recebe, no Palácio do Planalto, o presidente da Rede Record de Rádio e Televisão, que também preside Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Luiz Claudio Costa. Em seguida, Temer tem uma audiência com o ministro do Tribunal de contas da União, Augusto Nardes. Depois, em agendas separadas, recebe os senadores Fernando Bezerra Coelho (PSB/PE) e José Aníbal (PSDB/SP).
Artistas repudiam caso de estupro coletivo em suas redes sociais
1 / 17Artistas repudiam caso de estupro coletivo em suas redes sociais
Monica Iozzi
Diversos artistas utilizaram as suas redes sociais para demonstrar indignação e repúdio sobre o caso deestupro coletivo cometido em uma menor de idade... Foto: Reprodução/InstagramMais
Thaila Ayala
A atriz publicou uma mensagem de apoio à vítima de estupro coletivo. Foto: Reprodução/Instagram
Claudia Leitte
A cantora Claudia Leitte demonstrou seu repúdio nas redes sociais. Foto: Reprodução/Instagram
Sophia Abrahão
A atriz se demonstrou chocada com o ocorrido no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/Instagram
Giovanna Antonelli
A global também repudiou o crime nas redes sociais. Foto: Reprodução Instagram
Preta Gil
A cantora comentou sobre o estupro, publicando apenasum 'emoji' com cara de choro em fundo preto. Foto: Reprodução/Instagram
Juliana Paes
Juliana foi uma das várias artistas que demonstraram apoio à vítima de estupro coletivo no Rio. Foto: Reprodução/Instagram
Emma Watson
A atriz britânica tuítou em português, demonstrando apoio à causa. Foto: Reprodução/ Twitter
Taís Araújo
Atriz usou o Twitter para divulgar manifestoem repúdio às vítimas de estupro no mundo todo. Foto: Reprodução/Twitter
Bruno Gagliasso
O ator Bruno Gagliasso em repúdio ao crime de estupro coletivo. Foto: Reprodução/Instagram
Gaby Amarantos
A cantora levantou a questão do movimento #VamosFalarSobreACulturaDeEstupro, divulgada em massa pelo Brasil. Foto: Reprodução/Instagram
Fernanda Paes Leme
A atriz tuítou diversas mensagens repudiando o estupro coletivo na menor de idade. Foto: Reprodução/Twitter
Sophie Charlotte
Sophie Charlotte se manifestou através de publicação no Instagram. Foto: Reprodução/Instagram
Caio Blat
O ator utilizou o post de Monica Iozzi para repudiar o crime. Foto: Reprodução/ Instagram
Leandra Leal
A atriz Leandra Leal tuitou diversas vezes sobre o caso de estupro coletivo e também destacoua causa #EstuproNãoÉCulpaDaVítima. Foto: Reprodução/Instagram
Camila Pitanga
Usuária assídua do Twitter, Camila Pitanga também demonstrou apoio à vítima do estrupo e integrou o movimento com a hasthag #EstuproNãoÉCulpaDaVítima. Foto: Reprodução/Twitter
Nathalia Dill
A atriz enviou um vídeo noInstagram, condenando o crimesofrido por jovem. Foto: Reprodução/Instagram