Temer lamenta morte de 31 detentos em Roraima

Nota diz que presidente 'se solidarizou com o povo do Estado' e telefonou para a governadora de Roraima, Suely Campos

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Por Isadora Peron e Carla Araujo
Atualização:

BRASÍLIA - Em nota divulgada nesta sexta-feira, 6, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto afirmou que o presidente Michel Temer lamentou a morte de 31 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista. 

O comunicado diz que Temer "se solidarizou com o povo do Estado" e telefonou para a governadora de Roraima, Suely Campos, para colocar "todos os meios federais à disposição para auxiliar em ações de segurança pública".

Penintenciária Agrícola de Boa Vista Foto: Cyneida Correia

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Segundo o texto, a governadora informou que a situação já estava sob controle e que, neste momento, não seria necessária a presença federal. “Ficou acertado que as autoridades estaduais manterão permanente contato com o Ministério da Justiça para trocar informações sobre a evolução da situação de segurança em Boa Vista”, diz a nota.

Como mostrou o Estado, documentos do dia 21 de novembro do ano passado apontam que a governadora enviou ofício ao Ministério da Justiça solicitando apoio do governo federal para atuar no sistema prisional de Roraima, em caráter de urgência, mas o pedido foi negado.

 

A nota do Planalto, porém, diz que Suely "agradeceu a liberação pelo governo federal de R$ 45 milhões do Fundo Penitenciário, na última semana de 2016, para a construção de nova unidade prisional e para compra de equipamentos e armamentos destinados à área de segurança de Roraima".

Silêncio. Depois das críticas por ter ficado quatro dias em silêncio diante do massacre semelhante ocorrido no início da semana em Manaus, Temer optou pela nota oficial para se manifestar de maneira mais rápida sobre o novo episódio. Ele também adotou um tom mais sóbrio do que usado nesta quinta, quando afirmou que as 56 mortes no Complexo Anísio Jobim se tratavam de um "acidente pavoroso". 

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