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Temporão vê 'lengalenga' no debate sobre CPMF

Ministro diz que saúde precisa de mais recursos e critica fato de no passado contribuição ter sido usada para fazer superávit

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Por Redação
Atualização:

MAPUTOO ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu a necessidade de mais recursos para o setor e rebateu os argumentos de que falta ao setor uma gestão melhor. Sobre a discussão quanto à volta da CPMF para financiar a saúde, Temporão disse que precisa de algo em torno de R$ 50 ou R$ 60 bilhões. "Existem algumas vozes, para mim, minoritárias, e isso é positivo, que vêm com a velha ladainha, lengalenga, de que a saúde precisa de mais gestão. Quem fala isso, fala de cima de seus magníficos planos de saúde e acha que o povo tem de ter uma saúde de segunda categoria."Temporão condenou os desvios ocorridos no passado com os recursos da CPMF para fazer superávit primário pela área econômica e tapar outros buracos do orçamento. "Qualquer solução que venha a ser implementada tem que romper radicalmente com o que aconteceu com a CPMF, onde foi vendida à sociedade brasileira uma solução para o financiamento e se revelou que essa solução não resolveu absolutamente nada. Os recursos foram desviados", declarou. O importante, na opinião do ministro, é que a sociedade, neste momento, voltou a discutir a necessidade de existirem novos recursos para o setor de saúde. Ele acha também que o Congresso, ao estabelecer novas fontes de financiamento, tem de estar atento para não deixar brechas que permitam que os recursos sejam desviados para outras áreas, como aconteceu no passado. "Essa é uma discussão legítima e justa", avaliou o ministro. "Tem gente que é radicalmente contra a criação de um novo imposto; gente que é a favor. O que eu defendo é que isso seja debatido de maneira bastante ampla pela sociedade brasileira. O que não podemos é correr o risco de manter a saúde como está e alegar que precisa de mais gestão", disse.

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