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Terceira pista em Cumbica custará R$ 800 mi, diz Gaudenzi

Por João Domingos
Atualização:

O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, disse nesta segunda-feira, 10, que o governo deverá gastar R$ 800 milhões para fazer a terceira pista do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Deste total, R$ 600 milhões serão usados para indenizar as 6 mil famílias que serão desalojadas para dar lugar à terceira pista, cujos custos foram avaliados em R$ 200 milhões. Gaudenzi tratou hoje com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, desta e de outras obras, como a construção de mais uma pista no Aeroporto de Viracopos, todas elas incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Gaudenzi não quis falar em prazos para a desapropriação da área onde vai ser construída a terceira pista. "Tem de tirar pessoas da área. Essa é uma pista que vai dar trabalho. Tem de ser feita, mas vai dar trabalho", afirmou ele. Com a construção da terceira pista de Guarulhos, o governo descarta definitivamente a construção do terceiro aeroporto em São Paulo, obra que chegou a ser anunciada pela ministra Dilma Rousseff logo depois do acidente com o Airbus 320 da TAM, em 17 de julho, no qual morreram 199 pessoas. Congonhas A confusão sobre quem vai liberar a pista principal de Congonhas continua, agora que as ranhuras (grooving) ficaram prontas. "A liberação quem faz é a Anac. Nossa parte nós fizemos. O grooving está pronto e funcionando desde as 8 horas de hoje". Avisado de que a Anac insiste em dizer que não é com ela, o presidente da Infraero respondeu. "Eu não posso fiscalizar a obras que eu fiz. Então a Anac tem de ir lá fiscalizar. Eu diria que a Anac, indo lá, provavelmente libera para descer com chuva. Mas é preciso que vá lá." A pista está fechada para operações com chuva por ordem do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa). Prevenido, pois desde a semana passada a Anac tem dito que não cabe a ela a liberação da pista, Sérgio Gaudenzi comunicou as providências que tomou. "Eu sei que mandei o ofício comunicando que exatamente às 8h, como era o combinado, a pista estava pronta para ser examinada. Mandei ofícios para a Anac e Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo, da Aeronáutica) porque havia dúvida de quem faz. É melhor pecar por excesso".

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