Termina rebelião em Contagem

Terminou neste sábado por volta de 22 horas a rebelião de cerca de 70 presos da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, iniciada sexta-feira. Foram 32 horas de tensão. Não houve feridos. Os detentos, que libertaram os oito reféns ? seis agentes penitenciários e dois operários ?, conseguiram a transferência de um grupo de dez colegas para prisões do interior mineiro, entre elas as de Ipaba, Governador Valadares e Juiz de Fora. A transferência deve começar neste domingo, às 8 horas. Na tarde deste sábado, os presos levaram três carcereiros para o telhado de um dos pavilhões e ameaçavam matá-los, com chuços e estiletes, caso a reivindicação não fosse atendida. Um dos líderes da rebelião, identificado como Luisão, negociou a liberação dos reféns, que foram hospitalizados em Contagem para exames. Eles estavam bem. A direção do presídio liberou as visitas de parentes em seis pavilhões, para evitar que o movimento se espalhasse. O coronel da PM Faria Lopes, que comandava um grupo de 150 homens no local, disse à tarde que, se os reféns sofressem qualquer agressão, os policiais invadiriam o presídio. Atiradores de elite mantinham na mira os cinco presos que estavam com os reféns. No Rio, terminou neste sábado, às 9h30, a rebelião na Casa de Custódia de Campos, que começou na sexta-feira Dois presos ? Marlon Vieira Basília, que cumpria pena por tráfico de drogas, e Edvaldo Lima Pimentel, acusado de estupro ? morreram esfaqueados pelos próprios detentos, segundo a polícia. Outros oito ficaram feridos. O secretário estadual de Justiça, João Luiz Pinaud, chegou no início da manhã a Campos para ajudar nas negociações. Os detentos ainda mantinham refém o agente penitenciário Oldemar Carneiro. No fim da noite de sexta, havia sido libertado o outro refém, o agente penitenciário Alexandre Couto.