Termina rebelião em Itamaracá

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de 30 horas de tensão, terminou nesta tarde a rebelião na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, Pernambuco. As 200 mulheres e 150 crianças, parentes dos presos, que estavam retidas no presídio desde a manhã de ontem foram libertados. Dois presos foram transferidos para São Paulo. Para acabar com a rebelião, a direção da Superintendência do Sistema Penitenciário (SUSIPE) concordou em mudar o horário das visitas conjugais, ofereceu transporte para os familiares dos presos nos dias de visitas, vetou a entrada do Batalhão de Choque na unidade carcerária e assegurou que ampliará o serviço de assistência jurídica. No entanto, a principal reivindicação dos rebelados não foi atendida. A direção da penitenciária continuará sendo feita pelo major José Edilson Monteiro e seus agentes penitenciários. Hoje pela manhã, dois presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) - o líder da rebelião, Luís Marcos Mariano de Souza, o Paulista, e o preso Silvânio Alves Pereira, foram transferidos para São Paulo. Segundo o superintendente-adjunto da Susipe, José Antonio Fonseca, as transferências foram solicitadas pelos demais presos e antes mesmo da rebelião ocorrer já estavam previstas. Fonseca garantiu que os presos não sofrerão punições. Uma das mulheres retidas no presídio, identificada como A.L.S., disse que não sofreu nenhum tipo de violência enquanto estava na penitenciária e que participou da manifestação porque os presos ameaçaram matar os detentos que não recebessem apoio da família. Esta foi a segunda rebelião registrada na Barreto Campelo este ano. Em junho, os presos quebraram a unidade, causando um prejuízo de R$ 100 mil aos cofres público. A penitenciária foi construída para comportar 500 presos, mas conta com uma população carcerária de 1.500 homens.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.