Termina rebelião na Casa de Custódia de Campos

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Por Agencia Estado
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Terminou às 9h30 a rebelião na Casa de Custódia de Campos, no norte fluminense, que começou às 14h da última sexta-feira. Dois presos - Marlon Vieira Basília, que cumpria pena por tráfico de entorpecentes, e Edvaldo Lima Pimentel, acusado de estupro - morreram, esfaqueados pelos próprios presos, segundo a polícia, e oito ficaram feridos. Essa foi a quarta rebelião na Casa de Custódia O secretário estadual de Justiça, João Luiz Pinaud, chegou no início da manhã de ontem a Campos para ajudar nas negociações com os detentos, que ainda mantinham como refém o agente penitenciário Oldemar Carneiro. "Foi uma negociação tensa, mas finalmente a rebelião chegou ao fim", disse o subcomandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (Campos), tenente-coronel José Carlos de Azevedo. No fim da noite de sexta-feira, pouco antes da meia-noite, foi libertado o outro refém dos amotinados, o agente penitenciário Alexandre Couto. Segundo informações da PM, que cercou a penintenciária, apenas 28 detentos - do total de 187 presos da Casa de Custódia Crispim Valentino - participaram da rebelião. Os amotinados apresentaram uma lista de reivindicações. Eles queixaram-se de maus tratos pelos agentes penitenciários, alimentação de baixa qualidade, falta de atendimento médico e superlotação. Para o delegado Daniel Ganassin, a lotação de 187 presos é a ideal. "Já tivemos 250 detentos quando ali ainda funcionava a carceragem da delegacia. Até 200 presos ficam bem acomodados ali dentro", afirmou. O tenente-coronel José Carlos de Azevedo disse que a rebelião deixou a Casa de Custódia de Campos com móveis quebrados e celas reviradas. "É possível que seja preciso transferir alguns presos para a Penitenciária Carlos Tinoco, também em Campos, e delegacias da região", disse o subcomandante do 8º Batalhão da PM.

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