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Terminam rebeliões na Grande São Paulo

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, os 14 reféns foram libertados com o fim das rebeliões nos CDPs de Pinheiros, Osasco e Diadema. Motim continua na Cadeia Pública de Tatuí

Por Agencia Estado
Atualização:

Terminaram na tarde desta terça-feira, 28, as rebeliões nos Centros de Detenção Provisória (CDPs) de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, de Osasco e de Diadema, na Grande São Paulo. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, os 14 reféns foram libertados. Ainda não há informações sobre feridos ou sobre a condição dos prédios. Os detentos da Cadeia Pública de Tatuí, a 135 quilômetros de São Paulo, na região de Sorocaba, permanecem rebelados. Por volta das 12h30, um carcereiro que estava sendo mantido refém foi liberado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os detentos estão aguardando a confirmação de liberação de vagas em outros presídios para encerrarem a rebelião e voltarem às celas. O motim começou por volta das 17 horas desta segunda, 27, depois de uma fuga frustrada. Onda de rebeliões O motim no CDP 1 de Pinheiros começou na tarde de ontem. Os 827 presos fizeram três agentes penitenciários reféns e começaram a destruir as instalações. A Tropa de Choque cercou o presídio, projetado para abrigar 520 homens, e a direção da unidade assumiu as negociações com os rebelados. Também na tarde de ontem, os presos dos CDPs de Diadema e Osasco 2 iniciaram novos motins. Os detentos de Osasco fizeram quatro agentes reféns e não apresentaram qualquer reivindicação durante as negociações. O presídio abriga 1.206 detentos mas tem capacidade para apenas 768 homens. O maior número de reféns foi feito no CDP de Diadema, onde os presos dominaram oito agentes, mas libertaram um deles durante as negociações. O CDP Diadema é o único que não sofre com a superlotação: com capacidade para 576 presos, ele abriga atualmente 383. A Secretaria da Administração Penitenciária desconfia de ação orquestrada pelo Primeiro Comando da Capital, a exemplo do ocorrido na semana passada, quando oito rebeliões deixaram um saldo de nove mortos no Estado.

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