20 de outubro de 2010 | 00h00
O tesoureiro-adjunto do PSDB, Evandro Luiz Losacco, refutou ontem a acusação de que o engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, tenha desviado R$ 4 milhões arrecadados para a campanha do partido. "Isso não procede. Eu asseguro que o PSDB não autoriza ninguém a arrecadar recursos em nome da legenda", disse Losacco, em entrevista à Agência Estado.
Segundo ele, o engenheiro conhecido como Paulo Preto não é filiado ao partido e a sigla cumpre os critérios exigidos pela Lei Eleitoral. "O PSDB não tem caixa 2. Está há 16 anos no poder em São Paulo e não possui nem sede própria, o que mostra o bom uso de nossos recursos."
Losacco disse que a reportagem divulgada sobre o suposto desvio dos R$ 4 milhões utilizou o seu nome em informações "fora de contexto e de maneira distorcida".
"O que ocorre é que a campanha do PT não tem nada de concreto contra o candidato José Serra e contra o PSDB, por isso, fica fazendo tempestade em copo d"água e utilizando informações de maneira equivocada e distorcida", destacou. O tesoureiro-adjunto do PSDB afirma que em nenhum momento acusou o ex-diretor da Dersa de qualquer ato ilícito.
Losacco, que já foi secretário-geral da legenda, diz que o caso envolvendo Souza voltou a ganhar repercussão causa "do desespero" do PT com o crescimento do tucano nas pesquisas. "Não existe nenhuma acusação concreta contra Serra e está ocorrendo uma atenção a fatos sem provas para tentar tirar o foco dos escândalos da Casa Civil (do governo Lula), numa tática semelhante já adotada no episódio envolvendo o escândalo do mensalão. O PT insiste em tentar mostrar que são todos iguais, o que não é."
Isto É. Sergio Sérgio Pardellas, repórter da revista Isto É autor da reportagem sobre o suposto desvio de dinheiro da campanha tucana, disse que reafirma todas as informações publicadas. "Ouvimos várias lideranças do PSDB, várias em on e várias em off. Está tudo gravado e reafirmamos tudo que publicamos."
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