
23 de dezembro de 2010 | 00h00
Ele denunciara na Câmara ter sido ameaçado pelo ex-prefeito.
A própria testemunha, que está sob proteção da polícia, gravou as tratativas com Perin e seus intermediários para que mudasse um depoimento desfavorável ao irmão preso. Em troca, o homem teria um emprego com carteira assinada na prefeitura e receberia, ainda, R$ 100 e uma cesta básica. A reportagem teve acesso ao conteúdo da fita, entregue ao Ministério Público Estadual (MPE).
Um funcionário da prefeitura, identificado como João, foi à casa da testemunha, em Analândia, para levá-la até a Delegacia Seccional de Rio Claro, onde deveria depor. No escritório dos advogados de Perin, um homem, que seria José Roberto Perin, orienta como deve ser o que chama de "armação". A testemunha deveria dizer que outro depoente, conhecido como Macaquinho, teria recebido dinheiro para incriminar Luiz Carlos. Em seguida, sugere que a testemunha incrimine o presidente da ONG Unidos por Analândia (Amasa), Vanderlei Vivaldini Júnior, conhecido pelo apelido de "Batata". No último dia 14, em depoimento ao promotor de Justiça Renato Fanin, a testemunha tinha afirmado que, em fevereiro de 2010, Luiz Carlos Perin, oferecera R$ 15 mil para que desse um sumiço em Vivaldini Júnior. O novo depoimento foi dado no dia 15, de forma espontânea, à polícia. Nele, a testemunha desmentiu o que dissera ao promotor.
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