Testemunhas depõem contra policial e jornalista no Caso Andinho

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cinco policiais da Delegacia Anti-Seqüestros (Deas) de Campinas e dois jornalistas participaram da audiência de testemunhas de acusação contra o seqüestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, e os policiais Eudes Trevisan e Rogério Diniz, por denúncia caluniosa. A audiência começou por volta das 14h30 desta segunda-feira e terminou perto de 18 horas, no Fórum de Campinas. Trevisan e Diniz são suspeitos de colaborar com a quadrilha do seqüestrador. Eles foram flagrados em gravações de conversas telefônicas com Andinho, tratando de detalhes sobre um seqüestro ocorrido em Campinas. Diniz e Trevisan, presos há um ano em São Paulo, negam a acusação. Afirmam que tentaram se aproximar de Andinho para facilitar sua prisão. Andinho foi preso em fevereiro e está detido no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. Ele permanecerá no Complexo Penitenciário de Hortolândia até o final desta semana, porque irá participar de pelo menos outras cinco audiências em Campinas nas quais é acusado de seqüestro. O promotor Carlos Ayres explicou que três testemunharam não puderam participar da audiência desta segunda-feira, inclusive uma testemunha-chave, um comerciante que está no programa de proteção a testemunhas. O comerciante intermediou as negociações entre Andinho e uma equipe de reportagem de uma tevê local, para a qual o seqüestrador deu uma entrevista. Na entrevista, Andinho acusou os policiais da Deas, com exceção de Trevisan e Diniz, de colaborar com sua quadrilha. Segundo Ayres, o comerciante teria intermediado a entrevista a pedido dos dois investigadores acusados. A defesa de ambos afirma que não há provas para acusá-los nesse processo. Ayres acrescentou que a próxima audiência, em que serão ouvidos o comerciante, um jornalista e um policial, está marcada para o dia 6 de março. Andinho e seu bando são acusados de 19 seqüestros na região de Campinas, 12 dos quais já tramitam na Justiça. Ele também é suspeito de ter participado do assassinato do prefeito Antonio da Costa Santos e acompanhou duas audiências sobre o caso em Campinas. A próxima ainda não está marcada.

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