Testemunhas se apavoram ao ver avião se chocar com prédios em SP

PUBLICIDADE

Por MARIO ANDRADA E SILVA
Atualização:

Testemunhas que estavam no posto de gasolina onde se chocou um Airbus da TAM nesta terça-feira, em São Paulo, ficaram apavorados ao ver o avião deixar a pista do aeroporto de Congonhas, atravessar a movimentada avenida Washington Luiz e seguir na sua direção. "Eu tinha acabado de atender, ouvi um barulho grande de uma turbina. Quando eu olhei para trás, eu vi o avião vindo na nossa direção", disse à Reuters Anderson Lima, 30. "Esse daqui me puxou e a gente saiu correndo sem olhar para trás. Fez um barulho enorme", disse Paulo de Oliveira, 29, referindo-se a Anderson. "O avião vinha derrapando, parecia que ele estava taxiando, nunca vi um negócio tão feio", disse Luís Santos, da empresa CTS de vigilância e segurança, que estava em um gol preto no posto na hora do acidente. A lateral do veículo ficou marcada por estilhaços da fuselagem do avião. "Dava para ouvir o barulho da turbina aumentando e o avião crescendo. Ele passou ''lambendo'' bem na altura dos fios. Na hora que deu a pancada, explodiu tudo", acrescentou Santos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, um corpo havia sido retirado do local até as 20h20. Além do posto, o avião, que partiu de Porto Alegre, atingiu também um prédio da própria TAM, causando incêndio de grandes proporções. Um terceiro prédio foi atingido pelo fogo. Um outro frentista, que estava no refeitório que fica embaixo do posto, disse ter ouvido um "barulho ensurdecedor" e depois o som de "combustível escorrendo pelas escadas". "Se o avião tivesse caído em cima de mim e eu tivesse morrido não tinha problema, mas ver a morte chegando tão perto é apavorante", disse Reginaldo Fernandes, 35. O Hospital Alvorada, que fica na região, informou ter recebido três vítimas que estavam em prédio onde se checou o avião. A Prefeitura de São Paulo informou também que quatro vítimas que estavam no edifício atingido deram entrada, em estado grave, no hospital municipal do bairro do Jabaquara, nas proximidades do aeroporto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.