
02 de novembro de 2010 | 00h00
A revisão final foi de Dilma, assim como a parte em que prometeu respeitar as mulheres, a que pediu a pais e mães de meninas para que olhassem nos olhos delas, e lhes dissessem: "Sim, a mulher pode!", numa clara referência ao "Yes, we can" ("Sim, nós podemos") do presidente americano, Barack Obama, e os elogios e reverências ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O discurso foi ainda submetido ao crivo do vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB). De acordo com informações de coordenadores da campanha de Dilma Rousseff, ela não mostrou o discurso ao presidente Lula.
Nas reuniões que teve com os outros participantes da confecção do discurso, Dilma disse que iria lê-lo, porque não se sentia confiante para fazê-lo de improviso. A petista disse temer principalmente ser traída pela emoção no momento em que se referisse ao presidente Lula.
Mesmo lendo a peça, ela fez grande esforço para não chorar.
O discurso começou a ser montado no momento em que as pesquisas realizadas durante o segundo turno começaram a mostrar que a queda na preferência dos eleitores fora estancada.
Por causa da revisão criteriosa, Dilma acabou atrasando sua chegada ao hotel de Brasília alugado especialmente para que recebesse governadores, senadores, deputados e aliados convidados para a festa da vitória.
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