Thomaz Bastos diz que não há pressa em enviar presos a Catanduvas

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Por Agencia Estado
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O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse nesta sexta-feira, 4, em Curitiba, que "não há nenhuma pressa" em ocupar as 208 vagas da Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná, inaugurada no dia 23 de junho. Por enquanto, apenas o traficante Fernandinho Beira-Mar ocupa uma das celas. Mas, segundo Bastos, nove Estados já pediram cerca de 100 vagas. Ele não revelou quais são. "Os pedidos estão sendo processados nas justiças estaduais respectivas, depois vêm para a Vara Federal de Curitiba e aí faremos a transferência", historiou. Para São Paulo ele confirmou ter oferecido 40 vagas, em razão de esse número ter sido pedido pelos escalões médios do governo. "A conveniência e oportunidade eles vão decidir no momento que lhes parecer oportuno", disse. "E estamos dispostos a continuar a oferta de cooperação, na medida em que nos recusamos a politizar a questão da segurança pública." O ministro não acredita que possa haver novos transtornos graves em São Paulo. "Se não está controlado, está sob administração correta", salientou. Segundo ele, metade dos R$ 100 milhões ofertados ao Estado serão empregados em serviço de inteligência. O ministro esteve em Curitiba para assinar um acordo de cooperação com o governador Roberto Requião (PMDB) para a construção de uma nova penitenciária estadual no Paraná. O Fundo Penitenciário Nacional vai investir R$ 10,7 milhões na unidade. A previsão é que sejam ofertadas mais 800 vagas. Requião disse que o local deve ser definido até o início da próxima semana. As duas alternativas são Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, e Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Estado, que é administrado por José Carlos Becker de Oliveira (PT), filho do ex-deputado e ex-ministro José Dirceu. Durante a solenidade, o diretor licenciado de Itaipu e coordenador da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Jorge Samek, foi chamado para compor a mesa e sentou-se ao lado de Bastos.

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