Tijuca empolga e faz 'paradinha' arriscada na Sapucaí

Escola leva à Sapucaí enredo sobre coleções; Adriana Galisteu, madrinha da bateria, diz ter mais de mil biquínis

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Por Talita Figueiredo e de O Estado de S. Paulo
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Na Unidos da Tijuca, segunda escola a desfilar no segundo dia de desfiles do carnaval do Rio, na noite desta segunda-feira, a coreógrafa Priscila Motta mostrou a coleção de máscaras de carnaval para o setor popular. Ganhou o público. Os alecrins tijucanos deram passagem para o símbolo da escola, o pavão. O carro alegórico que simbolizava a ave vinha com 80 bailarinos, que abriam leques, formando as asas do bicho num belo efeito. "As alegorias vivas são nossa marca. Dão muito mais trabalho, precisam ser ensaiadas, mas são nosso orgulho", disse o presidente da escola, Fernando Horta.   Veja também: As imagens do desfile  Mocidade abre 2ª noite tentando acabar com jejum de títulos Tudo sobre as escolas do Rio e os sambas  Mangueira e Viradouro empolgam a Sapucaí no 1º dia Saiba como foram os desfiles no Rio no primeiro dia Qual escola de samba será campeã no Rio?  Veja as melhores imagens dos desfiles em SP Qual escola de samba será campeã em SP?  As melhores imagens do Carnaval pelo Brasil  Veja a comemoração do carnaval pelo mundo   Para garantir a beleza dos carros, Horta mandou 200 operários para a concentração às 4 horas desta segunda, 18 horas antes de a escola se apresentar. Eles finalizaram os carros na Avenida Presidente Vargas, evitando assim que a chuva atrapalhasse a escola. Deu certo. Num dos mais belos carros, homens e mulheres vestidos de boneca, lembravam a coleção preferida das meninas. Os destaques faziam movimentos de brinquedos. A drag queen Susy Brasil representava uma boneca de pano. Na bateria, mestre Casagrande arriscou três paradinhas, que foram apelidadas de Tropa de Elite. "Os críticos de carnaval avisaram para eu não fazer, que era arriscado. Mas está bem ensaiadinho", disse ele, que por garantia, levava arruda no bolso do paletó e vestia camiseta com imagem de Nossa Senhora Aparecida.   À frente dos ritmistas, a apresentadora Adriane Galisteu vestia fantasia de guardiã da floresta, que, segundo o enredo, é uma coleção natural de bichos e plantas. A musa acabou revelando ser ela própria uma colecionadora - tem mais de mil biquínis. "Esses eu não uso. São só para guardar. Para ir à praia mesmo, eu tenho uns cinco ou seis", disse. A escola teve poucas mulheres nuas. Os integrantes estavam bastante vestidos. Uma das alas mais engraçadas foi a de coleção de ursinhos, formada apenas por homens gordos. A agremiação tijucana só deixou a dever no quesito evolução - havia alguns vazios dentro das alas.

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