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TJ de Minas apura denúncia contra juiz por abuso sexual

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Tribunal de Justiça de Minas, Gudesteu Biber Sampaio, determinou hoje a abertura de sindicância pela Corregedoria do órgão para apurar denúncias de que um juiz de Arinos, a 736 quilômetros de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, teria cometido abusos sexuais contra adolescentes. As denúncias contra o juiz José Antônio Maciel foram apuradas sexta-feira por deputados da Assembléia Legislativa de Minas, integrantes da Comissão Especial de Combate à Exploração e Abuso Sexual contra Ciranças e Adolescentes. De acordo com o deputado Rogério Corrêa (PT), presidente da comissão, durante audiência pública na cidade uma funcionária da Câmara Municipal, Maria da Conceição Ferreira Gontijo, disse que há quatro anos o juiz teria se aproveitado de sua autoridade para abusar sexualmente de uma garota identificada como P., então com 13 anos. A partir da acusação de Maria Da conceição, surgiu outra denúncia sobre assédio sexual a uma menor, pelo magistrado. "Decidimos pedir ao Tribunal de Justiça o afastamento desse juiz, já que consideramos o caso de extrema gravidade", disse Corrêa. No TJ, a informação ontem era de que, antes de decidir se afasta ou não José Antônio Maciel, o desembargador e corregedor Murilo Pereira fará uma completa sindicância, ouvindo supostas vítimas e o próprio juiz. O relatório deve ficar pronto em 15 dias. Se confirmadas as denúncias, ele serájulgado pela Core Suprema do TJ. José Antônio Maciel negou hoje todas as denúncias. Segundo ele, o pedido de afastamento é resultado de uma "perseguição" de advogados e integrantes do PT - partido a que pertence o próprio presidente da comissão da Assembléia - na região de Arinos. O juiz garantiu que nunca teve envolvimento com as duas menores. Disse ainda que os petistas estariam "armando" contra ele porque, recentemente, teria se oposto à retirada de um posto policial na entrada de Arinos, do qual vinham sendo emitidas várias multas para veículos do MST que circulariam irregularmente pela região. "Eu falei em uma reunião que só retirariam o posto quando retirassem o juiz da cidade e a perseguição começou", explicou.

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