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TJ nega liminar e Suzane será julgada com irmãos Cravinhos

A defesa da jovem entrou com pedido para que o julgamento de Suzane fosse adiado e que os irmãos Cravinhos fossem julgados em júri separado

Por Agencia Estado
Atualização:

O desembargador Daniel Cogan da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo negou nesta quarta-feira, 5, habeas-corpus em liminar requerido pela defesa de Suzane von Richthofen, ré confessa de participar do assassinato dos próprios pais, Marísia e Manfred von Richthofen, em outubro de 2002, junto com os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos. A defesa da jovem entrou com pedido no TJ nesta terça-feira, 4, para que o julgamento de Suzane fosse adiado e que os irmãos Cravinhos fossem julgados em júri separado do dela. Com a decisão do desembargador, os três réus serão julgados ao mesmo tempo, no próximo dia 17, no 1º Tribunal de Júri de São Paulo, localizado no Fórum Criminal da Barra Funda. Suzane e os irmãos Cravinhos são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado. Os advogados de Suzane argumentam que, como as defesas usam argumentos conflitantes - ela diz que foi influenciada pelos Cravinhos e eles a acusam de ser a mentora do crime -, o julgamento precisa ser separado. Liberdade Na terça-feira, 4, o Supremo Tribunal Federal negou o pedido de liberdade para Suzane von Richthofen. A decisão é da ministra Ellen Gracie, presidente do STF. Suzane está presa no Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior de São Paulo. Ellen Gracie não acolheu o pedido de Suzane com base em um argumento processual: como o acórdão da decisão da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou o relaxamento da prisão da jovem, não foi publicado no Diário Oficial, não seria possível confrontar os argumentos da defesa contra a decisão do STJ. Alegações da defesa Na segunda-feira, 3, a defesa da jovem entrou com pedido contra decisão da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que mandou Suzane de volta à prisão. Para os advogados, "o restabelecimento da liberdade da paciente torna-se imperioso diante da insustentável hipótese de provável fuga, sem qualquer demonstração de indício ou prova disso". A defesa alegou que, em liberdade, Suzane "respondeu a todas as expectativas sociais de um comportamento ajustado e aderente às normas jurídicas". E sustenta que ela nunca se recusou e nem se omitiu a comparecer a juízo, "até mesmo na circunstância absolutamente constrangedora de ser presa". Os advogados também ressaltaram que "a repercussão do crime ou clamor social não são justificativas legais para a prisão preventiva". Júri Suzane, seu ex-namorado Daniel e o irmão dele, Cristian Cravinhos, confessaram ter matado os pais dela, Marísia e Manfred von Richthofen, a golpes de barra de ferro, na casa em que a família vivia, em outubro de 2002. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas.

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