SÃO PAULO - O Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro suspendeu o uso das tornozeleiras eletrônicas pelos 1.500 presos que estão em regime semiaberto. O presidente do TJ, Manoel Alberto Rebelo dos Santos, pretende que os presos em regime aberto, cerca de dois mil detentos, passem a usar o equipamento.
O desembargador acredita que o sistema não conseguiu impedir as fugas dos presos em regime semiaberto. Desde fevereiro deste ano, quando foi adotado o monitoramento, 58 equipamentos foram rompidos. "Há presos no regime semiaberto com penas muito altas. Na primeira oportunidade de sair, eles rompem a tornozeleira e fogem", afirmou.
O rompimento da tornozeleira é sinalizado no terminal de monitoramento feito por computadores da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e na Vara de Execuções Penais. A movimentação dos presos é acompanhada com o auxílio da tornozeleira e também de um dispositivo de comunicação, colocado na cintura deles.
O desembargador classifica que o sistema utilizado no Rio é semelhante ao adotado em outros países, mas destaca que no Estado existe dificuldade em localizar rapidamente os presos que fogem, o que faria o uso dos equipamentos perder o sentido.