Traficante Marcinho VP teria chefiado rebelião em Bangu 1

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O traficante Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, foi o líder de fato da rebelião que ocorreu na semana passada no presídio Bangu 1 e não Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que pode ter planejado a ação. A conclusão é do delegado Leonílson de Souza, titular da 34ª DP (Bangu), que investiga o caso. ?Foi o Marcinho VP. Porque ele estava na galeria C, ele estava armado e tinha inimizade com quem morreu?, disse nesta quarta-feira o policial. A galeria C é vizinha da D, onde estavam quatro presos que foram assassinados. O motim durou 23 horas, e entre os mortos estava o traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, de quem Marcinho era o principal desafeto desde o assassinato do traficante Orlando Jogador, em 1995, por Uê. Marcinho era homem de confiança de Jogador e o sucedeu no Complexo do Alemão. ?Alguns presos disseram ser comum eles ficarem trocando insultos e ameaças de uma galeria para a outra, mesmo antes da chegada do Beira-Mar?, disse Souza. Marcinho VP, Carlos Bras Vitor da Silva, o Fiote, e Cláudio José de Souza, o Claudinho da Mineira, foram indiciados por quatro homicídios triplamente qualificados. Segundo o delegado, os três eram os únicos rebelados que tinham armas. Os outros 21 presos que participaram da rebelião, entre eles Beira-Mar, vão ser processados por co-autoria nos crimes. Além disso, todos vão responder por tentativa de fuga com violência, motim e formação de quadrilha. Em depoimento nesta quarta-feira ao delegado, Beira-Mar afirmou que só participou da rebelião por temer pela própria vida no caso de invasão do presídio pela polícia. ?O Beira-Mar diz que foi obrigado a se juntar porque tinha medo de morrer e resolveu se oferecer como mediador?, disse Souza, que, no entanto, não descarta a hipótese de Beira-Mar ter sido o mentor intelectual da ação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.