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Traficante põe fogo em morador de rua que "atrapalhava a passagem"

Por Agencia Estado
Atualização:

O morador de rua Valmir Honório Bento, de 24 anos, teve o corpo queimado com gasolina, no fim da noite desta segunda-feira, porque dormia na calçada, no centro de São Paulo, atrapalhando a passagem. O traficante e ladrão Wellington Mascarenhas Cidrão, de 24 anos, acusado de ter ateado fogo ao corpo de Bento, disse, ao ser preso pelos policiais militares, que "não gosta de pobre". Segundo o bandido, seria "um morador de rua a menos para deixar a calçada livre". Ao ser autuado no 1º Distrito Policial, por tentativa de homicídio, mudou a versão. Negou ter jogado gasolina nas roupas de Bento e ateado fogo com um isqueiro. "Foi um amigo meu. Não sei o nome, mas foi ele quem queimou o mendigo." Quatro testemunhas ouvidas pela polícia, porém, confirmaram que Cidrão, natural de São Paulo, atacou Bento e foi para um bar. As mesmas testemunhas indicaram aos PMs o estabelecimento, onde o traficante foi preso. Com queimaduras graves, principalmente no peito e na barriga, o morador de rua está internado em estado grave no Hospital das Clínicas. Quando foi preso, Cidrão ainda tinha em seu poder o saco plástico que cheirava à gasolina e o isqueiro usado no crime. Cidrão alegou que o amigo deixara com ele o material que usa para acender seus cigarros. O traficante foi mandado para o Centro de Detenção Provisória do Belém. Está condenado a 10 anos por assalto e tráfico de drogas e em liberdade desde 10 de março, quando deixou a Penitenciária de Franco da Rocha após 1 ano na cadeia. Seus advogados conseguiram junto à Justiça o benefício da prisão albergue domiciliar.

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