Traficante que teria ordenado queima de ônibus morre no Rio

´Márcio Sem Braço´ continuará sendo investigado pela polícia mesmo após morrer

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Por Agencia Estado
Atualização:

O traficante conhecido como "Márcio Sem Braço" continuará sendo investigado pelos policiais da 38ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro mesmo após a morte. Atingido em troca de tiros com soldados na manhã desta quinta-feira no conjunto habitacional Cidade Alta, ele é suspeito de ser um dos mandantes do ataque ao ônibus da Itapemirim, no dia 28 de dezembro, que resultou na morte de oito pessoas queimadas. A possível participação do traficante no incêndio do ônibus foi uma das primeiras informações recebidas naquele dia pelo Disque Denúncia - serviço que recebe informes anônimos sobre crimes ocorridos na cidade. Até hoje, segundo o delegado Gilberto Dias, ainda não foi possível confirmar se os traficantes da Cidade Alta tiveram realmente participação. O atentado foi classificado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um "ato de terrorismo". O incêndio ao ônibus Naquela madrugada do atentado foram presos três suspeitos - Graciel Mauricio do Nascimento Campos, 18 anos; Cleber de Carvalho Fonseca, 23 anos, que já tinha sido preso por tráfico de drogas; e Elzio Guilherme de Oliveira, 23 anos. Apesar de terem sido detidos quando deixavam a Cidade Alta, eles não moram ali, mas no bairro Nova Campina, na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Policiais afirmaram que os três têm ligações com os tráfico do local, cujo gerente era "Márcio Sem Braço". Segundo a PM, uma nova denúncia anônima feita na manhã desta quinta-feira ao 16º Batalhão no bairro de Olaria levou os soldados à Cidade Alta em busca do traficante "Márcio Sem Braço". Os soldados teriam sido recebidos a bala, conforme o registro policial. Dois traficantes feridos foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, no bairro da Penha. "Márcio Sem Braço" morreu no caminho e Renan Oliveira dos Santos, 21 anos, ficou internado. Ele foi indiciado por tentativa de homicídios na 27ª DP, no bairro de Irajá. Com Márcio Sem Braço, a polícia apreendeu uma pistola PT-380, tendo encontrado na favela outra pistola e 173 papelotes de cocaína.

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