Travessia de balsa demora até 12 h

Ventos que chegaram a 70 km/hora e arrancaram árvores em Ilhabela fizeram Dersa suspender o serviço por 3 vezes

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Por Simone Menocchi e ILHABELA
Atualização:

Com o tempo ruim, o paulistano adiantou a volta do feriado. Mesmo assim, o retorno chegou a demorar até 15 horas para quem teve de enfrentar balsa e estrada. A travessia de balsa entre Ilhabela e São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, teve de ser interditada três vezes ontem, por causa do temporal que se formou na região. Ventos de 61 km/hora, com rajadas que chegaram a 70 km/hora e arrancaram árvores em Ilhabela, foram os motivos da interdição. De acordo com a Capitania dos Portos, as embarcações podem seguir viagem com ventos de no máximo 39 km/hora. À meia-noite de anteontem, a velocidade dos ventos praticamente dobrou. A Polícia Militar ajudou na organização da fila e também na passagem. Foi dada prioridade a pessoas que tinham voos marcados ou outras necessidades. A Dersa chegou a sugerir, com base no mau tempo, que os turistas adiassem a saída pelo menos até a manhã de hoje. Mesmo assim, a espera foi grande. Houve cerca de oito quilômetros de congestionamento do lado de Ilhabela. Pelo menos 5 mil veículos fariam a passagem no domingo, se o tráfego estivesse normalizado. O publicitário Guilherme de Matos Mitsugui e a namorada, Marina Falácio, tiveram de esperar 12 horas para conseguir passar de Ilhabela para São Sebastião. Acordaram às 3 horas e foram para a balsa acreditando ter feito um bom negócio. "Quando chegamos, nem tinha tanto carro, mas a travessia estava parada." Por volta das 15 horas o casal conseguiu chegar a São Sebastião para então seguir viagem para São Paulo. O casal de Bauru, Felipe e Laura Carvalho teve mais sorte. "Como não estava sol na sexta, decidimos voltar antes", disse o bancário. A passagem pela balsa, até São Sebastião, durou cerca de uma hora e o casal seguiu viagem até Bauru, enfrentando bastante trânsito na Tamoios. "Mesmo assim valeu, senão nós teríamos passado horas na fila." Depois de enfrentar as ininterruptas horas na travessia, os motoristas ainda precisaram de paciência na SP-55, até Caraguatatuba, e também na serra da Rodovia dos Tamoios (SP-99). Foram cerca de 32 mil veículos subindo em direção a São Paulo, com alguns pontos de lentidão. Os carros quebrados no acostamento ajudaram a complicar o trânsito. Na volta de Ubatuba, o motorista também enfrentou bastante movimento, mas a viagem até Taubaté seguiu tranquila. Passaram pela rodovia até as 16 horas cerca de 8 mil carros.

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