TRE do Paraná impugna aliança entre PSDB e PMDB

Durante a convenção tucana que aprovou a aliança não foram observadas as diretrizes estatutárias do PSDB

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná impugnou nesta terça-feira, 08, por 3 votos a 2, a coligação entre PSDB e PMDB, considerando que, durante a convenção tucana que aprovou a aliança, não foram observadas as diretrizes estatutárias do PSDB. O recurso tinha sido protocolado por tucanos adversários políticos do governador Roberto Requião (PMDB), que queriam a liberdade para apoiar qualquer um dos candidatos ao governo. Os derrotados têm três dias para recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. Lá, o processo deve ser analisado até o dia 20 de setembro. Com a decisão, o deputado estadual Hermas Brandão (PSDB) perde a vaga de vice de Requião na chapa registrada no TRE, mas poderá continuar apoiando-o informalmente. "Com esta decisão há liberdade para cada um tomar seu caminho", afirmou o presidente regional do PSDB, deputado Valdir Rossoni, contrário à aliança com o PMDB. Ele já estava engajado na campanha de Osmar Dias (PDT). Apesar de advogados do PMDB terem afirmado que iriam recorrer da decisão, o presidente regional, deputado Dobrandino da Silva, acredita que será melhor ter chapa pura, com o atual vice-governador, Orlando Pessuti, compondo a vaga. "Se dependesse só de mim, não recorria", disse. O fim da aliança deve refletir muito no horário eleitoral gratuito. De acordo com a assessoria de imprensa do TRE, o PMDB, que fica coligado apenas com o PSC, perde 2 minutos dos seus 4min24s. Desde o início do processo o PSDB já demonstrava divisão interna. Isso ficou evidente na convenção, quando a alternativa da coligação venceu aqueles que defendiam liberdade por apenas 5 votos. Os descontentes recorreram à Executiva nacional que, por meio do presidente, senador Tasso Jereissati, anulou a decisão, baseado em diretrizes que exigem análise da vida pregressa do candidato indicado para formar a aliança. O entendimento era de que Requião tem mais intimidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não teria dado nenhum sinal de que poderia apoiar o candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin.

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