06 de agosto de 2010 | 00h00
Terminou ontem o prazo para impugnação de candidatos enquadrados na Lei da Ficha Limpa, mas em São Paulo apenas um dos 60 políticos contra os quais a Procuradoria Regional Eleitoral requereu veto - Hermenegildo Gildão de Oliveira, que pretendia se eleger deputado estadual pelo PDT - foi julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral, que o reprovou.
Não há previsão para o TRE examinar os outros casos, que citam candidatos condenados por colegiado sob suspeita de prática de atos de improbidade e corrupção.
"Aqui em São Paulo o prazo não será cumprido", alertou o procurador regional eleitoral Pedro Barbosa Pereira Neto, que coordena força-tarefa para rastrear políticos de folha corrida. "O atraso era esperado porque há um excesso de candidaturas." São 3.150 candidatos no Estado.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fixou duas datas limites para apreciação e julgamento dos registros. Uma para a própria corte, 19 de agosto, outra para os TREs, 5 de agosto.
O TRE paulista é o maior do País. São 30 milhões de eleitores no Estado. Segundo o tribunal, um dos motivos para o marasmo na análise dos processos da Ficha Limpa é a greve dos servidores do Judiciário. O TRE publicou com atraso 4 editais com a lista de nomes de candidatos - apenas a partir dessa publicação a procuradoria eleitoral pôde avaliar caso a caso e requereu impugnação de 60.
Apenas Hermenegildo Gildão foi atingido. Parecer sustenta que "no caso concreto verifica-se que o impugnado não demonstrou cumprir todas as condições de elegibilidade constitucionalmente exigidas".
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