08 de abril de 2009 | 17h54
Mesmo sem ter ainda a certeza da data em que abrirá a concorrência internacional para a construção dos trilhos, túneis e viadutos do Trem de Alta Velocidade (TAV) que deverá ligar o Rio a São Paulo e Campinas, o governo decidiu que vai privatizar a linha. O Diário Oficial da União desta quarta-feira, 8, publicou decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que inclui o TAV no Programa Nacional de Desestatização.
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O primeiro trem-bala brasileiro deverá custar US$ 14 bilhões (cerca de R$ 31 bilhões pelo câmbio atual) e a previsão é de que pelo menos entre São Paulo e Rio estará pronto até 2014, antes do início da Copa do Mundo de futebol. Ao todo, a linha terá 530 km de trilhos, sendo 130 km constituídos por túneis e viadutos. A previsão é de que serão transportados anualmente entre 8 milhões e 10 milhões de passageiros entre São Paulo e Rio. Calcula-se que a passagem ficará em torno de R$ 120.
De acordo com informação do próprio governo, o fato de já ter incluído o TAV no Programa de Desestatização é um sinal de que os cofres públicos bancarão boa parte do dinheiro necessário para a construção do trem-bala. A outra virá de parceiros da iniciativa privada, visto que a obra deverá seguir o formato de uma Parceria Público-Privada (PPP), projeto muito comentado e pouco posto em prática desde que foi aprovado pelo Congresso como uma das grandes inovações do atual governo para o desenvolvimento econômico.
De acordo com estudo de viabilidade técnica da obra, feito pela britânica Halcrow Group, o trajeto deverá ter oito estações entre Rio de Janeiro e Campinas. Em épocas de muita demanda, poderá haver também parada extraordinária em Aparecida. Toda a papelada já está com a Casa Civil, o Ministério dos Transportes e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), envolvidos diretamente com a obra.
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