Três agências bancárias são atacadas em Belo Horizonte

A PM recolheu também dois cartazes que foram afixados nas portas das agências, que continham críticas ao sistema carcerário de Minas Gerais

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Por Agencia Estado
Atualização:

Três agências bancárias localizadas na região noroeste de Belo Horizonte foram alvos de bombas caseiras na madrugada de sexta-feira, 14. A Secretaria de Defesa Social (Seds) informou, por meio de uma nota divulgada no final da tarde, que a Polícia apreendeu "dois artefatos de produção caseira e baixa potência explosiva" em frente às agências dos bancos Itaú, HSBC e Unibanco - localizadas próximas umas das outras, na avenida Pedro II. A PM recolheu também dois cartazes que foram afixados na porta das agências. A Seds não informou o conteúdo dos cartazes, mas testemunhas disseram que neles haviam críticas ao sistema carcerário de Minas Gerais, São Paulo e outros estados. As bombas caseiras teriam explodido na calçada e não provocaram estragos na parte física das agências. Na sexta-feira, os estabelecimentos funcionaram normalmente. Não houve registro de feridos. Testemunhas disseram também que os suspeitos fugiram em uma moto. Até o final da tarde, não havia informações sobre prisões. No comunicado, a Seds informou que todo material apreendido foi enviado para análise pericial. Conforme a Secretaria, "levantamentos iniciais indicam que muito provavelmente o episódio foi uma ação de vandalismo, sem qualquer vinculação com eventos ocorridos em São Paulo". Durante toda manhã e início da tarde desta sexta-feira, a Seds e a PM não forneceram informações sobre os supostos ataques. Representantes do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte e Região estiveram nas agências e conversaram com funcionários. Conforme o sindicato, um cartaz teria sido recolhido também numa agência da Caixa Econômica Federal (CEF). O governo mineiro afirmou que o sistema prisional do Estado registrava "completa normalidade", sem identificação de "quaisquer outros fatos que constituam fator de insegurança". "Além disso, as polícias militar e civil mantêm os trabalhos de vigilância nas fronteiras do Estado e de inteligência, incluindo o sistema penitenciário". Poços de Caldas Desde quinta-feira, 13, a PM mineira realizava operações na fronteira com São Paulo, no sul do Estado. Durante a madrugada, a Câmara Municipal de Poços de Caldas foi atingida por uma bomba incendiária. O fogo atingiu um móvel no hall de entrada do prédio e um quadro em exposição. O princípio de incêndio, porém, foi apagado por um guarda municipal responsável pela segurança do prédio. Ninguém ficou ferido. Também em Poços de Caldas, em meados de maio - quando da primeira série de ataques em São Paulo atribuídos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) -, um posto da Guarda Municipal e policiais militares que estavam em frente a um prédio onde funciona a sede da companhia operacional de um batalhão da PM foram atacados a tiros. A cadeia pública da cidade registrou um princípio de rebelião. A PM classificou os dois episódios como atos de "vandalismo".

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