Três vítimas do acidente com bimotor no ES são enterradas

A família fez um apelo para que as equipes de resgate não encerrem as buscas até que os três corpos sejam localizados

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os corpos de três vítimas do acidente com o bimotor Sêneca, que caiu na noite de sexta-feira, 13, no litoral do Espírito Santo, foram enterrados na tarde desta quinta-feira, 19, em dois cemitérios no Rio de Janeiro. A família fez um apelo para que as equipes de resgate não encerrem as buscas até que os três corpos que continuam desaparecidos sejam localizados. Além do piloto Alduíno Coutinho de Souza, de 48 anos, não foram encontrados ainda os corpos do filho, Rafael Oliveira de Souza, de 25 anos, e da sua namorada, Patrícia Campos Lopes, de 26. "A gente quer o resgate dos corpos, mesmo que estejam em decomposição. Por favor, não parem as buscas", disse Mariane Coutinho, de 45 anos, irmã do piloto. Anteontem, a Marinha encerrou seus trabalhos de busca. Bombeiros e equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) no entanto, continuam a procura dos corpos com a ajuda de helicóptero e bote com três mergulhadores. Na quarta-feira, 18, o irmão do piloto, Danilo Coutinho, disse que preferia ver as buscas encerradas. Esposa do piloto, Ronilda Francisca Oliveira de Souza, de 48 anos, e o filho do casal Alduíno Oliveira de Souza, de 26, foram sepultados no início da tarde desta quinta no Cemitério de Inhaúma, zona norte. Flávia de Moraes, tia de Alduíno Oliveira, estava desolada. "É um choque. Um momento difícil de aceitar. Às vezes, parece que o acidente não aconteceu. A sensação é de que amanhã vou acordar e tudo voltará a ser como antes", declarou, emocionada. "A ficha ainda não caiu totalmente. Mas sei que daqui a pouco a saudade baterá. De repente, a vida nos dá uma rasteira", comentou. No fim da tarde, o corpo de Luana Pimentel, de 25 anos, namorada de Alduíno Oliveira, foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona norte. O piloto aposentado Jesus Fernando Domingues, de 62 anos, que voava há oito anos com Alduíno Coutinho, parecia não acreditar na morte do amigo. "Pensei em qualquer piloto envolvido num acidente como esse, menos ele. Alduíno era instrutor e examinador de vôo, meu ídolo. Um estudioso na aviação. Pilotava helicóptero, avião e jato com a mesma competência." O bimotor partiu do Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, com destino a Porto Seguro e parou para reabastecer em Vitória. Provavelmente por causa de falha no motor do avião, o piloto tentou retornar, mas acabou caindo.

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