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''''Tricoteiras dos precatórios''''

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Por Redação
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Carta 18.964 O acidente com o vôo 3054 da TAM desfalcou um grupo muito conhecido no Rio Grande do Sul: o das "tricoteiras". Formado por aposentadas e pensionistas, todas com mais de 70 anos, há mais de um ano elas vinham tricotando uma manta, que já estava com 200 metros, em protesto pelo não-pagamento de precatórios por parte do governo do Estado. No total elas eram 20, e sete estavam no avião. Todas as quartas-feiras elas se revezavam na Praça da Matriz, em Porto Alegre, tricotando a manta. Todas faziam parte do Sindicato dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio Grande do Sul, e estavam viajando para São Paulo a fim de participar do lançamento do Movimento Nacional contra o Calote Público, que ocorreria na quarta-feira, dia 18, na Federação das Indústrias de São Paulo. Atualmente, o grupo se mobilizava e atuava contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n.º 12, que prevê o pagamento dos precatórios por meio de leilão: quem oferecer maior desconto ao governo devedor recebe primeiro. Para o grupo, se aprovada, a PEC oficializará o calote. Entre as tricoteiras estava a presidente do sindicato, Júlia de Oliveira Camargo, de 79 anos. Além dela, morreram no acidente a conselheira fiscal Sonia Machado, de 70 anos, a pensionista Nelly Elly Priebe, de 79, as sócias Mery Wilma Grash Vieira, 77, Suely Leal da Fonseca, 75, Adelaide Rolim de Moura, 73, a funcionária Catilene Maia de Oliveira, 35 anos, e a assessora de imprensa Kátia da Luz Escobar, 43. Júlia Camargo e Nelly Priebe foram enterradas no domingo no cemitério João XXIII, em Porto Alegre. Carta 18.965 Mais calote Tenho o precatório 1.296/79, movido pelos funcionários da USP, ref. a pagamentos atrasados (gratificações) e encabeçado por Alfredo Barone, no escritório Gonzaga Adv. Segundo informa o escritório, o valor foi depositado em abril/05 para os servidores vivos, faltando pouco tempo para o pagamento dos herdeiros dos que já morreram. Entreguei toda a documentação, como herdeiro de meu tio Francisco Prado, em ag./05, mas o pagamento ainda não foi liberado. Os advogados dizem que o processo aguarda que o juiz da 7.ª Vara da Fazenda Pública indefira e autorize o levantamento do saldo depositado, para fazer o rateio do que cabe a cada um. Queria saber a razão da demora, se a USP já depositou o dinheiro. Será que estão esperando que os herdeiros também morram? VALDIR BAPTISTA DOS SANTOS Vila dos Remédios Nota: O precatório é de 1979. O tio do leitor morreu em 1989 e sua mulher, Paulina Oliveira Prado, morreu aos 99 anos em 2006. O pagamento foi liberado em abril, mas ele não o recebeu. O processo tem 30 anos. Carta 18.966 E um apelo Apelo respeitosamente à juíza Dra. Tatiana Rua Nogueira, da 5.ª Vara Previdenciária do Fórum Social, para liberar o pagamento dos valores ref. ao processo 7653743-86, precatório 2000-00032065, encabeçado por Abelardo Costa Cabral contra o INSS há mais de 20 anos, com mais de 100 participantes, todos idosos. A Justiça ainda é a última esperança dos brasileiros. ANTÔNIO PIMENTEL Ourinhos/SP O leitor informou que recebeu o pagamento no início de janeiro, após 20 anos de processo. Meu pai, que morreu em fevereiro, fez um empréstimo consignado na CEF. Com sua morte, em vez de quitarem a dívida estão cobrando-a da família. A CEF diz que ele não quis fazer seguro - mas como é que a instituição empresta dinheiro para uma pessoa de 84 anos sem nenhuma garantia? Se era consignado à Previdência, por que temos de arcar com isso? MARCOS DE LA PENHA CHIACCHIO Jardim da Saúde A CEF responde: "Não há cobrança de seguro de crédito nas operações de consignação contratadas com tomadores vinculados ao INSS." Em ref. à carta do sr. Francisco Antônio (Igrejas e Bares, do dia 19) PSIU e Sub Butantã programaram vistorias nas ruas citadas, na Vila Sônia e Morumbi. Não podemos divulgar a data da operação, pois trabalhamos com sigilo para obter o resultado esperado. Quanto ao restante da queixa, não posso concordar, pois de 2005 para cá o PSIU já fez mais de 50 mil vistorias. As denúncias devem ser feitas pelo tel. 156 ou pelo e-mail psiu@prefeitura.sp.gov.br. Agradeço a preocupação com o ruído excessivo, e garanto que estamos atentos. ANDREA MATARAZZO Secretário das Subprefeituras

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