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Tropas continuarão nas ruas de BH, diz secretário

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-adjunto de Estado de Defesa Social, Luís Flávio Sapori, disse nesta noite que as tropas federais só serão dispensadas do patrulhamento das ruas de Belo Horizonte quando as autoridades estaduais e do Exército perceberem que a ordem pública não corre risco. De acordo com Sapori, os policiais civis e militares estavam retomando seus postos de trabalho de ?forma gradual? neste domingo. ?Nesse sentido, é decisão do governo manter as tropas do Exército nas ruas da capital ainda nesta noite. Permanecerão nas ruas na madrugada também da segunda-feira." Ele observou que, mesmo depois de aquarteladas, as tropas ficarão de prontidão. "O governo entende que essas tropas devem ficar em prontidão até que toda e qualquer ameaça de paralisação esteja finalmente sucumbida", afirmou o secretário-adjunto. Sem punição Ele descartou qualquer possibilidade de punição para os policiais grevistas. "Isso não está em cogitação. Esse momento não é ainda para se definir vitoriosos ou derrotados.? Sapori, porém, cobrou ?bom senso? das lideranças dos servidores e disse que não há motivo para um recrudescimento do movimento. ?Há uma decretação judicial da ilegalidade do movimento, ou seja, há uma dimensão judicial que não pode ser descartada por essas lideranças." Negociação O representante do governo mineiro lembrou que está "absolutamente disponível" para negociação com as polícias. O comando de greve dos policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários, recomendou a volta ao trabalho dos servidores. A greve levou o governador Aécio Neves (PSDB) a requisitar a presença de tropas do Exército, que passaram a fazer o patrulhamento da capital mineira. A decisão foi tomada após o juiz plantonista José Eustáquio Lucas Ferreira, da Comarca de Belo Horizonte, conceder, sábado à noite, liminar considerando ilegal a greve das forças de segurança do Estado. Assembléia Apesar de terem reaberto a negociação com o governo mineiro, os grevistas mantiveram a realização de uma assembléia geral na próxima quarta-feira, quando o movimento poderá ser retomado. A expectativa entre os dois lados, no entanto, é que um acordo seja firmado antes. O governo de Minas fixou um reajuste de 6% para as categorias, que reivindicam um aumento de 54%.

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