TRT exige 80% do efetivo da Polícia Civil trabalhando

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Por Marcelo Godoy
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O Tribunal Regional do Trabalho, atendendo a pedido do governo do Estado, determinou que pelo menos 80% do efetivo da Polícia Civil trabalhe - caso contrário, se aderirem à greve, a multa aplicada será de R$ 200 mil por dia. Para tentar evitar a paralisação da categoria, marcada para hoje, o governo ofereceu ontem aumento de 27,9% no piso salarial dos policiais civis. Mesmo assim, sindicatos e associações de policiais decidiram manter a greve. O aumento seria resultado da extinção de um dos primeiros níveis da carreira policial, a 5ª classe - todo policial desse nível seria promovido à 4ª classe. O governo propôs ainda adicional de 100% aos delegados que acumulam cargos de chefia no interior. Prometeu estudar a incorporação aos salários das gratificações, que chegam a compor até 45% dos vencimentos de policiais. No últimos anos, o governo optara por reajustar as gratificações para os da ativa. Para os sindicatos, isso causou paralisia da carreira, pois ninguém quer se aposentar. Os sindicatos querem 58% de reajuste; o governo nega. Os sindicalistas se reuniram ontem à tarde com o secretário de Estado de Gestão Pública, Sidney Beraldo. Na saída do encontro, Beraldo fez um apelo para a suspensão da greve. Mas a proposta do governo não agrada os policiais. "Apenas uma das nossas reivindicações foi atendida, que é a criação de uma comissão paritária para estudar a reforma das carreiras da Polícia Civil e a revalorização de seus profissionais", afirmou o delegado André Dahmer.

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