Turistas americanos são baleados no Rio

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Por Agencia Estado
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Dois turistas americanos - pai e filho - foram baleados na noite deste sábado após uma tentativa de assalto na Avenida Brasil. Eles estavam num Santana e faziam o retorno próximo à Fundação Oswaldo Cruz, quando dois homens em uma moto anunciaram o assalto. Os turistas tentaram escapar, foram alvejados e refugiaram-se na Vila do João, favela do Complexo da Maré na zona norte, onde moradores os socorreram. O pastor Garth Arwen Green, de 51 anos, a mulher dele Wendy, de 48 anos, e o filho do casal e também pastor, Bratley Orwin, de 21, haviam participado de um culto na igreja mórmon no município de São Gonçalo, no Grande Rio. Na volta para o hotel em que estão hospedados, no Flamengo, a família errou a saída na Ponte Rio-Niterói. Em vez de seguir para a zona sul, Garth pegou o acesso para a Avenida Brasil. Os turistas foram dominados por dois homens em uma moto. Garth acelerou o Santana que dirigia, e os criminosos dispararam diversos tiros. O pastor foi atingido no peito e seu filho, no abdômen. Wendy nada sofreu. Moradores da favela Vila do João levaram os feridos para o Hospital Geral de Bonsucesso, na zona norte, onde os americanos foram operados. Segundo os médicos, o estado de saúde deles é estável. O casal americano veio ao Brasil visitar o filho e deixaria o País na sexta-feira. Essa não é a primeira vez que turistas que utilizam automóveis são vítimas da violência no Rio. Em dezembro de 1995, 11 torcedores paulistas, que vieram ao Rio assistir a uma partida entre Santos e Botafogo, acabaram na Vila do João, após se confundirem por conta de uma placa torta. Traficantes acharam que policiais estavam no Vectra e no jipe Cherokee dos paulistas e metralharam os carros. Ronaldo Mattos, de 32 anos, morreu com um tiro no rosto. Em 14 de setembro do ano passado, o engenheiro americano Thomas Smith, de 28 anos, seguia em direção à Barra da Tijuca pela Avenida Niemeyer, quando foi confundido por um desvio na pista para a realização de obras e foi parar no Morro do Vidigal. Traficantes dispararam tiros de fuzis automáticos e pistolas do alto do morro, atingindo de raspão o engenheiro. Smith abandonou o carro, um Astra, que foi metralhado e incendiado pelos criminosos, e fugiu a pé. Os turistas eslovacos Petr Sochor, de 40 anos, e Marian Sklemarik, de 34, foram baleados ao estacionar na entrada da Favela Cento e Dezessete, no Complexo do Turano, em 26 de janeiro deste ano. Eles tentavam seguir para o Corcovado, mas pararam no local para tirar fotos da favela e também foram confundidos com policiais.

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