Últimos presos são transferidos para pavilhão em Araraquara

A situação no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Araraquara é precária desde um motim de 16 de junho, que deixou o prédio depredado

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Por Agencia Estado
Atualização:

O pelotão de choque da Polícia Militar entrou às 8 horas desta sexta-feira, 14, na Penitenciária de Araraquara, para apoiar a remoção dos últimos presos que ainda se encontravam no pátio da unidade, para um novo pavilhão dentro da unidade. Os cerca de 1.400 detentos, passam a ocupar agora, três dos quatro raios do anexo de detenção provisória. A cidade, que até ontem tinha sido poupada da nova onda de violência sobre o Estado, sofreu ataques do crime organizado esta noite. Um ônibus foi incendiado e duas lojas apedrejadas. A casa de um agente penitenciário foi pichada. Situação Precária A situação no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Araraquara é precária desde um motim de 16 de junho, que deixou o prédio depredado. Antes de serem iniciadas as transferências de presos, na última terça-feira, para outros pavilhões dentro do CDP, 1.443 detentos chegaram a ficar confinados em um pátio ao relento. Detentos com HIV teriam contraído tuberculose. Durante a tarde da segunda-feira, 25 presos que necessitavam de cuidados especiais de saúde foram transferidos para outras unidades prisionais, não informadas por medida de segurança. O senador Eduardo Suplicy (PT) visitou a unidade em 6 de julho e recebeu do ex-cirurgião plástico Hosmany Ramos, condenado por homicídio, roubo e seqüestro, balas de borracha que o preso disse ter extraído dos colegas atingidos na invasão da Tropa de Choque, que conteve a rebelião, no dia 17. Para o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional, a condição dos presos é "subumana". (Colaboraram: Marcelo Godoy, Cláudio Dias e José Ângelo Santilli)

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