Um avião da TAM teria visto fogo no Atlântico, diz Alencar

Ele afirmou que foi prestar informações em nome presidente Lula e ouvir os familiares

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Por Felipe Werneck e Alberto Komatsu
Atualização:

O presidente da exercício, José Alencar, afirmou no início da noite desta segunda-feira, 1, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro que a Força Aérea Brasileira (FAB) procurava detalhes sobre supostos destroços que teriam sido vistos em chamas próximo ao local do desaparecimento do Airbus da Air France. Alencar disse que as informações seriam de um piloto da TAM, mas destacou que ainda não se sabia exatamente o que seriam os supostos destroços. O presidente em exercício chegou ao aeroporto no fim da tarde, cumprindo missão passada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em viagem por El Salvador, Guatemala e Porto Rico e com volta prevista para a próxima quinta-feira.

 

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"Estou aqui a pedido do presidente Lula, que está fora do Brasil, senão ele estaria aqui", afirmou. "Ele me telefonou e pediu que viesse, para trazer um abraço de solidariedade do governo e dar informações e providências tomadas pela FAB e pela Marinha brasileira."

 

Segundo ele, Lula lhe dissera que, se ele, por estar saindo de um "tratamento pesado" (Alencar luta contra um câncer), não pudesse ir ao Rio de Janeiro, suspenderia a viagem pela América Central e Caribe e voltaria ao Brasil. "Mas é claro que eu poderia vir, como estou aqui", disse, ressaltando que o presidente Lula seguirá com compromissos que são importantes para o País, no exterior.

 

Alencar deu entrevista após conversar com parentes dos desaparecidos, em um espaço reservado do aeroporto, para o qual seguiu assim que chegou. Segundo ele, os familiares fizeram perguntas a respeito de aparelhos de radar, sobre as buscas, e demonstraram "muita serenidade, muita calma e fé em Deus". "Para Deus, nada é impossível. Há que considerar que ele possa ter pousado em algum lugar, mas não temos informações", afirmou.

 

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O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), também foi ao aeroporto para prestar solidariedade às famílias dos passageiros do voo AF 447. Segundo ele, a Força Aérea Brasileira conta com a cooperação do governo francês, que disponibilizou uma aeronave para colaborar com as buscas. De acordo com Cabral, o governo americano também já se colocou à disposição para qualquer tipo de apoio ao governo brasileiro.

 

"Foi perguntado pelas famílias ao brigadeiro Saito (comandante da Aeronáutica Juniti Saito), que estava presente, se havia limite para as buscas. O vice-presidente José Alencar e o brigadeiro Saito fizeram questão de dizer que não há limite. Serão semanas de procura enquanto for necessário para que se chegue ao fim conclusivo", disse o governador. Cabral disse ainda que as famílias estão se comportando tranquilamente, estão serenas, mas segundo ele, ansiosas e tristes.

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