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Um dia comum na vida do ex-ministro

Jobim sai à rua mas não quer falar de demissão

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Por Redação
Atualização:

Fora do governo, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim disse ontem que "não é mais nada" e dedicou o primeiro dia longe do ministério a uma peregrinação em que retomou contatos com cardeais do PMDB. Quadro histórico do partido, mas sem grande conexões com o atual comando da máquina peemedebista, Jobim visitou o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado José Sarney (AP). Pela manhã, ele saiu bem cedo de casa para uma caminhada e evitou falar com a imprensa sobre a conversa que teve na quinta-feira à noite com a presidente Dilma Rousseff - cinco breves minutos nos quais entregou a carta de demissão e se despediu. "Não tenho nada para comentar", limitou-se a afirmar, a cada pergunta feita por jornalistas que o seguiam. "Não sou mais nada, qualquer coisa pergunte para a presidente Dilma." Nelson Jobim foi demitido anteontem à noite, pela presidente Dilma Rousseff, que se irritou com suas críticas - em entrevista à revista Piauí - às ministras de Relações Institucionais, Ideli Salvatti ("é muito fraquinha"), e da Casa Civil, Gleisi Hofmann ("sequer conhece Brasília"). No meio da tarde, acompanhado do ex-deputado José Genoino, ainda assessor da Defesa, Jobim esteve na casa do advogado Eduardo Ferrão, de cujo escritório o ex-ministro já fora sócio, para um almoço. O Diário Oficial da União publicou ontem a exoneração de Jobim "a pedido" e a nomeação, para seu lugar, do ex-ministro das Relações Exteriores do governo Lula, Celso Amorim.

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