
07 de maio de 2011 | 13h04
RIO - Trinta dias após o massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona norte do Rio, cerca de 100 pessoas participaram de uma caminhada por ruas do bairro em homenagem às 12 crianças assassinadas pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira. A mãe de Larissa, uma das vítimas, desmaiou ao final da caminhada. A véspera do Dia das Mães foi de muita tristeza, muito choro e muitos abraços em Realengo.
Vestindo camisetas com fotos das 12 crianças, os manifestantes seguravam cartazes e balões de gás coloridos. Em frente à escola, eles cantaram o Hino Nacional, distribuíram rosas e soltaram pombas brancas, levadas em uma gaiola. Um carro de som tocava músicas evangélicas e do cantor Roberto Carlos.
"A dor e saudade pesam cada vez mais. O sentimento é de falta de expectativa. Muitos sonhos foram embora", disse a mãe de Rafael, morto na tragédia, Kátia. A tia de Luiza, Cristina Machado, cobrou mais seguranças nas escolas. "Tá na hora de mudar. Que as mortes não sejam em vão.
"Outro manifestante segurava um cartaz pedindo psicólogos e assistentes sociais nas escolas. A prefeitura foi representada no ato pela subsecretária de Educação, Helena Bomeny. Estava prevista para fim da tarde uma missa celebrada pelo arcebispo da cidade, D. Orani Tempesta.
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