Um plano de mestre e o cofre do Citibank é assaltado

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Por Agencia Estado
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"Os assaltantes estudaram os hábitos dos funcionários, o funcionamento do banco, fizeram fotos", observou o diretor de Polícia Judiciária, Romero Leal, ressaltando como o assalto a uma agência do Citibank em Recife foi estudado nos mínimos detalhes. Até dia foi escolhido para dificultar a ação da polícia - na sexta-feira de carnaval, todo o trânsito foi interrompido no bairro do Recife Antigo, que concentra o foco da folia . Uma quadrilha com cerca de 10 integrantes assaltou a agência do na sexta-feira de manhã, e arrombou 88 cofres individuais de clientes do banco, dentro do caixa-forte. O produto do roubo, que devia incluir euros, dólares e jóias, foi levado em sacos de lixo pelos assaltantes que vestiram roupas de gari para deixar o local. O gerente da agência e um técnico da companhia telefônica Telemar foram seqüestrados na noite anterior e usados pelos criminosos para o sucesso do plano. O gerente foi obrigado a abrir a agência, onde entrou com explosivos amarrados à cintura. O técnico evitou o funcionamento do alarme. Os assaltantes chegaram à agência, localizada na Rua Marquês de Olinda, às 9 horas. À medida que os funcionários chegavam, também eram feitos reféns, inclusive os seguranças armados, que foram trancados em uma das salas. A agência não abriu neste dia e os clientes foram encaminhados para a agência do bairro de Boa Viagem, na zona sul. Ninguém saiu ferido. Os reféns foram liberados assim que os assaltantes fugiram. O Cutybank não comenta o assunto. A polícia está investigando. Não se sabe quanto os ladrões levaram. Os pertences dos clientes guardados em cofres não são declarados ao banco e nem controlados pelo fisco. O comentário, porém, no bairro, era de que este teria sido o maior assalto - ou dos maiores - já realizados na cidade. Leal lembrou que há cerca de dois meses uma agência do Citybank em Salvador foi assaltada. Ele não sabe dizer se os autores foram os mesmos. Os assaltantes tinham sotaque do sul/sudeste do país. Cinco carros teriam sido usados na operação. Os criminosos deixaram três carregadores de fuzil 762 na agência. De acordo com Leal, o gerente do banco, que é baiano e solteiro, foi mantido refém na sua casa, ma noite da quinta-feira, onde atendeu telefonemas normalmente, para não levantar suspeitas. A ele disseram que sua família na Bahia também estava seqüestrada, para evitar qualquer resistência.

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