Um preso é morto em rebelião em Guarulhos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Durante a rebelião que um grupo de seis detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) promoveu hoje na Penitenciária Adriano Marrey, em Guarulhos, no fim do horário de visitas, um preso ficou ferido e outro morreu, numa das alas não-amotinadas da cadeia. Os seis integrantes do PCC foram transferidos no meio da semana da Penitenciária de Iaras, no interior do Estado, após um desentendimento com um agente penitenciário. Ao chegarem à Adriano Marrey, em Guarulhos, os seis teriam sido informados de que seriam transferidos novamente, dessa vez para a cadeia P1 de Guarulhos. A partir daí, começaram a planejar a rebelião, para manter-se na Adriano Marrey. Dezesseis parentes teriam se recusado a deixar o local, ao saber do motim, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária. Conforme testemunhas, tiros foram ouvidos no interior da prisão. A Polícia Militar alega que os disparos foram feitos por agentes penitenciários para conter os detentos. Durante a movimentação, José Coelho de Souza morreu estrangulado. Seu colega Ednaldo Andrade Pereira teve de ser socorrido no Hospital Municipal de Urgências (HMU). Os detentos Mike Nelson Souza e Reginaldo Alcântara apresentaram-se como autores do homicídio, cujos detalhes não foram revelados. De acordo com o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) de Guarulhos, os amotinados dominaram os raios (alas) 1 e 2 (onde ocorreu a morte). A PM reforçou o efetivo das muralhas e deslocou efetivo para cercar a área externa da cadeia. A Secretaria da Administração Penitenciária informou que os seis líderes do motim estavam armados com facas e estiletes. Após a rendição, todos foram trancados em suas celas e, segundo Sérgio Salvador, da Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários do Estado de São Paulo (Coespe), as transferências encontram-se suspensas.

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