RIO - Um em cada quatro domicílios urbanos alugados no País é um problema para os inquilinos, que têm de reservar mais de 30% da renda para pagar pela moradia, o que restringe gastos com outras necessidades básicas. Os dados foram divulgados na Síntese de Indicadores Sociais do IBGE e mostram que a população de baixa renda é que mais sofre com o peso dos aluguéis. Entre todos os domicílios alugados, 25,7% se encaixam na categoria "ônus excessivo", ou seja, o aluguel excede o patamar definido por organismos nacionais e internacionais, segundo o IBGE. Na faixa de domicílios em que a renda per capita é de até meio salário mínimo, essa proporção sobre para 55%.
"Um valor de aluguel que corresponda a uma parcela elevada do rendimento domiciliar pode indicar uma situação de vulnerabilidade, na medida em que os gatos com moradia estarão comprimento a renda disponível para satisfazer outras necessidades da unidade domiciliar, especialmente no caso de famílias de baixa renda", diz o estudo.
Em números absolutos, são 2,9 milhões de residências alugadas por um valor acima do considerado razoável para a renda dos inquilinos.
A Região Metropolitana de Belém tem a maior proporção de aluguéis de alto valor em comparação com a renda do inquilino, chegando a 33,8%. Na Região Metropolitana de São Paulo, os aluguéis excessivos atingem 30,6% dos domicílios.