Um terço da força-tarefa é de voluntários

Cerca de 4 mil das 12 mil pessoas trabalhando no apoio às vítimas atua nos abrigos e na triagem das doações

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Por Júlio Castro
Atualização:

Um total de 11.987 profissionais e uma infra-estrutura de 2.449 equipamentos, entre helicópteros, aviões, máquinas e caminhões, compõem o contingente humanitário e logístico em ação nas enchentes em Santa Catarina. A força-tarefa conta com a maior parte de voluntários - cerca de 4 mil - que atua nos abrigos e principalmente na triagem das doações, seguido pelo contingente policial (2 mil) e agentes de saúde, que entre médicos e enfermeiros somam 1,5 mil. Todos estão envolvimentos em três frentes de trabalho: assistência às vítimas, socorro e busca. "O desastre não parou. Acredito que este quadro de emergência e risco possa permanecer pelos próximos dez dias", afirmou o Major Márcio Luiz Alves, diretor da Defesa Civil de Santa Catarina. Alves estima o envolvimento ainda maior de pessoas por considerar que outras milhares trabalham voluntariamente em diversas regiões do Brasil, principalmente na captação e na triagem de doações. Ele acrescenta que, embora muitas destas pessoas tenham qualificação para atuar em tais situações, outras são alvo de preocupação. "Não existe falta de pessoal. Nossa preocupação é quanto a participação destas pessoas nas áreas de risco. Não podemos abrir mão da segurança. Pela complexidade do desastre, a atuação tem de ser avaliada dia a dia." Os reforços não param de chegar. Na noite de sábado, desembarcaram em Navegantes equipes da Cruz Vermelha e bombeiros de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, com mais quatro cães farejadores. Juntamente com equipes do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e bombeiros voluntários locais, esse grupo atua no sistema de comando de ocorrências em Ilhota. O objetivo é centralizar as informações para melhor atender as necessidades de cada município e região atingida pelos deslizamentos, que são a maior causa das 116 mortes já registradas até agora.

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