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Uma das represas do Sistema Cantareira já está sem água

Sistema Cantareira atingiu o nível mais baixo desde que entrou em operação, em 1973. Se não chover o suficiente nesta quinta e sexta-feira, rodízio pode começar para 9 milhões na segunda

Por Agencia Estado
Atualização:

A Represa do Jaguari, uma das cinco que formam o Sistema Cantareira, chegou ao nível zero de sua capacidade. Não há mais condições de captar água, segundo técnicos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). "Onde havia água agora é um pasto", contou um deles. A prolongada estiagem fez surgir o fundo do manancial, exibindo grandes extensões de terra ressecada, rachada ou com mato. O problema é mais visível na região de Bragança Paulista. O sistema agora só recebe água das Represas de Jacareí, Atibainha, Cachoeira e Paiva Castro. O Rio Jaguari, cujas nascentes ficam perto de Monte Verde, em Minas, forma com o Rio Jacareí uma das maiores represas do País. Quando está cheia, o volume equivale ao da Baía de Guanabara, no Rio. A Bacia do Jaguari abrange 4 municípios mineiros e 15 paulistas. Com isso, o armazenamento de água no Sistema Cantareira ficou ainda mais crítico. A elevação da temperatura fez com que aumentasse a velocidade de esvaziamento do reservatório: entre terça e quarta-feira, perdeu 0,4 pontos porcentuais, o dobro da média que vinha perdendo nos últimos dias. Com isso, o nível do manancial chegou a 3,1% - o mais baixo desde que o sistema entrou em operação, em 1973. Para reverter a situação, técnicos apostam nas chuvas que devem atingir a cidade nesta quinta e na sexta-feira, segundo previsão dos meteorologistas. Nos dois dias deve chover aproximadamente 40 milímetros. Se as chuvas não forem suficientes, no entanto, a Sabesp já tem pronto um plano: a partir de segunda-feira, pode começar o racionamento para 9 milhões de pessoas da capital e Grande São Paulo abastecidas pelo Cantareira. (Colaborou Cacau Fogaça)

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