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Umidade do ar chega a 12% na zona leste de SP

Por Marcela Spinosa
Atualização:

Sandra de Jesus da Silva, de 36 anos, é doméstica; Fernanda Alvarez Lopes, de 20, relações-públicas; e Maria Aparecida da Silva, de 41, dona de casa. As três têm algo em comum: são vítimas da baixa umidade do ar que, há uma semana, castiga São Paulo. Ontem, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) constatou 12%, às 14h30, em Ermelino Matarazzo, na zona leste. Níveis inferiores a 30% são considerados prejudiciais pela Organização Mundial de Saúde. Na capital, o índice atingiu 25%, às 16 horas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para evitar problemas de saúde, Maria alterou a rotina. Ela caminhava todas as tardes com a filha Érika, de 14 anos, no Horto Florestal, na zona norte. Mas, como começaram a sentir ardência nos olhos, passaram a se exercitar no início da manhã. Érika sofre de bronquite e, à tarde, sentia falta de ar. A doméstica Sandra teve a alergia na garganta agravada pelo clima. "Não paro de tossir, a garganta coça muito." A rinite de Fernanda também piorou esta semana. "Nunca tive uma crise tão forte", contou ela, que se recuperava de uma conjuntivite. A falta de chuva baixou os níveis dos reservatórios de água. O Sistema Cantareira está com 39,2% da capacidade e o Guarapiranga, com 47,4%. A previsão é que o tempo melhore no domingo, quando deve chover.

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