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Universitária é encontrada ferida em rodovia em Campinas

Polícia investiga se estudante de Medicina foi vítima de assalto ou seqüestro

Por Agencia Estado
Atualização:

A aluna do 3º ano de medicina da Unicamp, Carlota Isméria Del Santi, foi encontrada com traumatismo craniano, na madrugada de terça-feira, 13, no acostamento de uma estrada perto do aeroporto internacional de Viracopos, na região de Campinas. Para a polícia, o caso é um mistério, mas não está descartada a hipótese de assalto ou seqüestro. A universitária permanece internada em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mário Gatti, em Campinas. ´Como pai estou confiante, mas como médico, pessimista´. Essa foi a declaração dada nesta quarta pelo psiquiatra Renato Del Sant, 54 anos, ao comentar o quadro clínico de sua filha. Carlota estava caída perto de seu Santana preto, no km 67 da Rodovia Santos Dumont, Jardim Nova América. O veículo estava com os pára-choques e a lateria do lado esquerdo amassados. O porta-malas foi encontrado aberto. Nada foi roubado. Para a polícia, o caso é um mistério. O delegado-titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, Rui Flávio Pegollo, não descarta as hipóteses de assalto ou seqüestro. Segundo o delegado, peritos encontraram um fio de cabelo loiro no porta-malas do Santana. Isso reforça a suspeita de que Carlota, moça loira e bonita, foi arrebatada por criminosos após sair da república onde mora, na Rua Roxo Moreira, bairro Barão Geraldo, perto da Unicamp e colocada no porta-malas. O veículo com os supostos criminosos pode ter sofrido uma colisão. Carlota iria à festa do amigo Tiago Henrique de Souza, 21 anos, aluno do 2º ano de Medicina, não muito longe de sua casa. Pegollo também apreendeu o telefone celular dela. Investigações O policial apurou que Carlota atendeu a última ligação às 22h50. Era uma amiga perguntando se ela iria demorar para chegar à festa. Del Sant, mestre em psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP, e sua mulher, uma psicóloga, visitaram a filha ontem e depois foram à DIG conversar com Pegollo. Os pais de Carlota moram em Higienópolis, bairro nobre da capital. Eles contaram que a filha saiu às 20h da academia Iron Company, em Campinas. Às 21h, ela telefonou para o pai, disse que estava feliz porque foi bem na prova e avisou que iria à festa. O pequeno apartamento onde Carlota mora não tinha sinal de arrombamento. Seus objetos pessoais, como documentos, bolsa e cartões de banco estavam intactos.Ela mora perto de uma guarita. Pegollo vai chamar para depor os vigias da rua, os amigos de Carlota e a equipe de paramédicos que a resgatou , da Concessionária Colinas. Quando recebeu a notícia, Del Sant pensou que era o golpe do falso seqüestro. Na quarta, na saída do hospital, os pais estavam desolados. O psiquiatra disse que o estado da filha era gravíssimo.

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