Universitários são presos com drogas no Rio

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Por Agencia Estado
Atualização:

Dois estudantes universitários de classe média, suspeitos de fornecer maconha e cocaína a moradores da zona sul do Rio por um disque-droga, foram presos nesta quinta-feira à noite em um carro com três quilos de maconha prensada e 300 gramas de cocaína. André Luis Mota Gonçalves da Silva, de 23 anos, e Roberto Galvão Souza Pinto de Rezende, de 20, foram presos em flagrante quando passavam pela Lagoa Rodrigo de Freitas. Segundo a polícia, eles haviam ido buscar drogas em uma favela para revender em Copacabana, onde moram. As drogas estavam escondidas dentro de uma caixa de som, no porta-malas do automóvel, um Escort preto, placas LAN-5451, que pertence ao irmão de um dos estudantes. Foi encontrada ainda uma balança de precisão. De acordo com os policiais da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), que receberam a denúncia e investigavam a dupla havia mais de um mês, eles compravam maconha e cocaína de traficantes do Morro do Turano, na Tijuca, na zona norte, identificados como Luiz Pacheco e Binho. Os entorpecentes eram distribuídos para consumidores de Copabacana, que seriam outros jovens de alto poder aquisitivo, informou a polícia. Por ser entregue nos domicílios, depois de feito o contato telefônico, a droga era mais cara. O disque-drogas, serviço que atendia somente clientes cadastrados, estaria funcionando há pelo menos um ano. Os detetives da Drae acreditam que os universitários atendiam muita gente. Os telefones celulares que eles carregavam - e estavam confiscados na delegacia - receberam várias ligações de quem estava à espera da maconha e da cocaína naquela noite. Os rapazes, autuados por tráfico de drogas, estão na carceragem da Polinter. Os pais deles, muito abalados, passaram a noite no local. Policiais disseram que eles tentaram pagar fiança para que os jovens fossem libertados e se desesperaram ao saber que eles seriam mantidos presos por terem sido apanhados em flagrante. Os policiais disseram ainda que as famílias sabiam que os jovens consumiam drogas, mas não que eles traficavam. André, conhecido como Gordo, estuda análise de sistemas na Universidade Estácio de Sá, e Roberto, o Beto, cursa desenho industrial na Faculdade Carioca.

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