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Vaga pertence a Dilma, diz titular dos Transportes

Por Rosa Costa e BRASÍLIA
Atualização:

Sobrevivente da faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff nos Transportes, o ministro Paulo Sérgio Passos disse ontem que é da cota do Planalto e desvinculou sua permanência no cargo à decisão do PR de abandonar a base aliada. "Fui convidado pela presidente Dilma Rousseff e a ela pertence o cargo. Estarei pronto para servir a seu governo enquanto a presidente decidir que eu sou a pessoa certa para conduzir o Ministério dos Transportes", justificou. Ao falar na Comissão de Infraestrutura do Senado, Passos não quis comentar o racha existente nas bancadas do PR da Câmara e Senado pelo fato de ser o último filiado a ocupar um cargo de peso na Esplanada.Ele está à frente da pasta desde que Alfredo Nascimento (PR-AM) pediu demissão e foram exonerados outros 26 servidores.O ministro reconheceu que a situação no ministério "não está tudo às mil maravilhas". Ele atribuiu o sobrepreço identificado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) às "mudanças nas dimensões e nas características dos projetos e até mesmo à contratação de obras mediante apenas o projeto base, o que leva à adoção de aditivos". "Ainda que tenhamos aditivos além da quantidade do que seria aceitável, não se pode fazer a ligação de aditivos com atos ilícitos", alegou. Em quase 2 mil contratos, Passos apontou a existência de 967 aditivos no ano passado e de 550 aditivos nos primeiros seis meses deste ano, o que considera "aceitável" num orçamento de R$ 11 bilhões este ano.Ex-ministro. Paulo Passos negou a informação dada por Alfredo Nascimento no seu retorno ao Senado, de que o orçamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) cresceu de R$ 58 bilhões para R$ 72 bilhões no período da campanha eleitoral.Passos disse que o que cresceu foi a "estimativa de desembolso global do programa". Ainda assim, ele defendeu o ex-ministro Nascimento, que não compareceu à comissão, e os servidores exonerados, alegando que não tinham cometido irregularidades. Foi ainda solidário ao secretário-geral do PR, o deputado Valdemar da Costa Neto, que comandava o partido, negando a informação de que ele despachava do ministério. Dos seis senadores do PR, compareceram à comissão Blairo Maggi (MT), Vicentinho Alves (TO) e Magno Malta.

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