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Vai-Vai leva o mundo do samba aos salões do Jockey

Por Agencia Estado
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Depois de ceder espaço para festas clubber, bazares de roupas, sessões de cinema ao ar livre e agitadas happy hours, o Jockey Club de São Paulo, símbolo da aristocracia paulista, abriu suas portas para a mais popular das manifestações brasileiras: o samba. Com direito a desfile de fantasias e um show de ginga garantido por belas mulatas, a Vai-Vai lançou nesta segunda-feira, em um dos salões do Jockey, seu enredo para 2003, Entre Marchas, Galopes e Cavalgadas. Sob o ritmo comandado pelo puxador Thobias da Vai-Vai, integrantes da escola exibiram para mais de 200 convidados as fantasias que serão usadas por foliões nas 22 alas que a agremiação terá no ano que vem. O trecho principal do samba-enredo já estava na ponta da língua dos sambistas. "Lá vai o Bexiga com muita alegria/Devoção e muito mais/Cantando forte em poesia, eu sou Vai-Vai (....) Pisa forte na avenida/Indomável campeão/Que virou mitologia, de tanta fascinação", cantaram os integrantes da escola. Na ocasião, foi apresentada a mais recente estrela da agremiação: a índia Aigo, ex-Rosas de Ouro. A jovem, que foi descoberta pelo apresentador Luciano Huck e hoje está longe da televisão, ganhou o título de musa durante o carnaval paulista do ano passado. Filha de uma índia da tribo Bororó, do Pantanal, e descendentes de africanos, Aigo vai sair na avenida à frente de uma das alas. Sobre a fantasia, ela faz mistério: "Uso acessórios fornecidos pela Funai, mas não sei se no ano que vem desfilarei com os trajes originais, que mostram muito meu corpo, ou com algo mais discreto." A escola deve ter outras surpresas, como a ala compostas por angolanos, trazidos ao Brasil pela refugiada Filomena Carrera, que está há 27 anos no País e desfilará pela primeira vez em 2003, como destaque do carro Cavalo Selvagem. A escola também oficializou a escolha de Karla Adriana, de 28 anos, para representá-la no concurso de rainha do carnaval 2003, que ocorre em janeiro. O enredo traz a história da participação dos cavalos na trajetória da humanidade: nas batalhas, na economia, usado como transporte e na agricultura, e nos esportes. A idéia partiu do presidente da Vai-Vai, Solon Tadeu Pereira, um apaixonado por cavalos e criador da raça manga-larga. "Minha história na Vai-Vai se confunde com a relação com esses animais. São as minhas duas paixões", disse o presidente da agremiação. Outros 26 temas concorreram ao enredo, escolhido por uma comissão formada pelo carnavalesco e pela diretoria da escola.

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