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Vale do Ribeira: queda em índice de mortalidade infantil

Por Agencia Estado
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O Vale do Ribeira, a região mais carente do Estado de São Paulo, está conseguindo baixar o índice de mortalidade infantil a um patamar mais próximo da média estadual. Segundo o Sistema Estadual de Análise de Dados e Estatística (Seade), a taxa de mortalidade infantil foi de 20,10 por mil nascimentos em 1999, ano em que a média estadual foi de 17,49. Em 1997, o Vale do Ribeira registrava 32,11 óbitos em mil nascimentos, enquanto a média estadual era de 21,60. Dos 23 municípios do Vale, 10 já registram taxas de mortalidade infantil menores que a média estadual. A redução mais expressiva foi conseguida em Iporanga, onde até 1995, pelo menos 68 crianças morriam antes de completar um ano de vida. Em 1999, durante o ano todo, não houve óbito de recém-nascido no município, fazendo com que as estatísticas registrassem taxa de mortalidade infantil igual a zero. No município de Barra do Turvo, considerado o mais pobre e de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, também houve queda expressiva na morte de crianças. A taxa de mortalidade infantil caiu de 53,69 em 1995 para 12,35 em 1999. Saneamento - Uma das causas dessa redução está relacionada com as condições de saneamento dos municípios. Segundo dados da unidade de negócios de Registro da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), além de disporem de água tratada em todas as áreas urbanas e nos núcleos rurais, 60% dos moradores do Vale do Ribeira contam com serviços de coleta e disposição final de esgotos. Até 1995, a região tinha oito estações responsáveis pelo tratamento de apenas 20% do esgoto coletado. Este ano, as 33 estações estão tratando 75% da carga total de esgotos. Com cinco novas estações em construção, o índice de tratamento será elevado para 95% até o fim do ano. A relação entre as condições de saneamento e a taxa de mortalidade infantil pode ser observada em São Lourenço da Serra que, até 1997, ano em que a taxa foi de 28,17, não tinha um metro sequer de rede de esgotos. Naquele ano foram construídas as redes e duas estações de tratamento, a um custo de R$ 3,7 milhões. Em 1999, o coeficiente de mortalidade infantil caiu para 12 mortes por mil.

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