24 de junho de 2013 | 17h31
GOIÂNIA - As duas mulheres que morreram no início da manhã desta segunda-feira, 24, durante um protesto na BR 251, em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal, ainda não foram identificadas. O mesmo ocorre com o condutor do veículo que atropelou as duas e fugiu. O carro que ele dirigia, um Fiat Uno (e não um Gol, como chegou a ser informado), apareceu completamente queimado, cerca de 14 quilômetros depois do local da tragédia.
Os corpos foram removidos depois das 11h e à tarde aguardavam no Instituto Médico Legal de Luziânia, que atende a região, pela chegada de familiares que pudessem fazer a identificação.
Um delegado de Luziânia está no local do acidente também tentando localizar parentes e pessoas que presenciaram o atropelamento. Embora as placas do carro queimado tenham sido arrancadas, a Polícia Rodoviária Federal acredita que o Uno pertença a uma locadora de veículos. Próximo do carro teria sido encontrada uma garrafa pet com restos de gasolina.
Bloqueio. Informações preliminares indicam que, por volta das 6h45, o motorista que trafegava na altura do km 30 da BR 251 jogou o carro contra o grupo de manifestantes que colocava pneus, bloqueando a rodovia para a realização de um protesto pela legalização de lotes do setor Marajó, situado próximo do local da manifestação.
O Corpo de Bombeiros foi acionado mas as duas mulheres morreram na hora. O condutor teria parado por alguns minutos logo depois do ponto de colisão, mas depois acelerou e fugiu sem prestar socorro.
Mais de 400 pessoas participavam do protesto que fechou a estrada nos dois sentidos com pneus em chamas. Segundo a PRF, o bloqueio só terminou às 13h30.
A BR 251 liga Cristalina, cidade goiana, a Unaí, cidade mineira, também no Entorno do DF. Em Unaí, a Polícia Civil recebeu informações extra oficiais de que o motorista pretende se apresentar na cidade. Por volta das 16 h, delegados e investigadores aguardavam que isso ocorresse ainda nesta segunda-feira..
Com esse caso, sobe para quatro o número de mortes ligadas à onda de manifestações pelo País. Na quinta-feira, 20, o estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, foi atropelado e morto por um motorista que avançou sobre as pessoas que protestavam em Ribeirão Preto. Na sexta-feira, 21, morreu em Belém a gari Cleonice Moraes, de 54 anos, que foi intoxicada por gás lacrimogêneo ao tentar fugir de confusão em protesto.Encontrou algum erro? Entre em contato
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