Vendedor confessa ter matado 4 mulheres no Ceará

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma série de assassinatos de mulheres praticados no Cariri cearense está sendo atribuída ao vendedor de seguros de saúde e ex-bancário, Sérgio Brasil Rolim, solteiro, de 28 anos. Preso na madrugada desta sexta-feira, em casa, localizada num bairro de classe média, no Crato, a 540 quilômetros de Fortaleza, ele confessou ter matado quatro delas: a vendedora de planos de saúde, Edilene Maria Pinto Esteves; a coreógrafa Vaneska Maria da Silva; a copeira Maria Aparecida Pereira da Silva; e há quinze dias, a estudante Ana Amélia Pereira Alencar. De acordo com as investigações policiais, Sérgio Rolim oferecia carona às vítimas, as levava para local ermo, as estuprava e, em seguida, as matava com requintes de crueldade. Todas as vítimas apresentavam sinais de estrangulamento e tinham partes do corpo queimadas. Nesta sexta-feira de manhã, a polícia levou o comerciante aos locais onde os corpos foram encontrados. Além das quatro mortes, de acordo com a polícia, Sérgio confessou ter estuprado outras seis mulheres e disse que, não agia sozinho, mas não quis apontar seus comparsas. Acredita-se que ele também possa ter matado outras três pessoas: a vendedora de jóias Telma de Souza Lima, a publicitária Luiza Alexandre de Alencar e a funcionária da Universidade Regional do Cariri (Urca), Maria Eliane Gonçalves. A polícia chegou até ele graças à denúncia de uma de uma adolescente de Aurora, município também localizado na região do Cariri. Esta semana, o comerciante foi reconhecido em uma fita de vídeo pela adolescente que ele teria também estuprado. No início da tarde de hoje, o comerciante prestou depoimento ao Ministério Público. Toda a cúpula da polícia cearense foi acompanhar o caso no Cariri. O superintendente da Polícia Civil, César Wagner, disse que está trabalhando com várias hipóteses. Uma delas é que o comerciante e as mulheres fazem parte de uma quadrilha e elas teriam sido eliminadas como queima de arquivo. "Ele confessa quatro crimes, mas é preciso se aprofundar para saber o que o levou a praticar tais crimes", disse. Para o psiquiatra Antonio Mourão, é possível que o comerciante seja um serial killer. Mas, segundo ele, é difícil identificar porque geralmente a pessoa tem esse comportamento patológico, mórbido, em determinada circunstância, e ao mesmo tempo, tem uma convivência social aparentemente equilibrada. "Isso pode acontecer em cidades grandes, onde as pessoas não se conhecem, mas é estranho no interior porque todos se conhecem?, disse o psiquiatra.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.