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Venezuela dificulta entrada de carros do Brasil

Por Plinio Vicente e BOA VISTA
Atualização:

A partir de 1º de março, veículos de passageiros e de carga procedentes do Brasil só poderão transitar pela Venezuela se forem conduzidos pelo próprio dono. O governo do presidente Hugo Chávez criou uma série de restrições que dificultam a vida dos turistas de Roraima e do Amazonas. Por ora, quem não é dono precisa de procuração registrada em cartório para poder pegar o volante. Implementadas desde o fim de 2008, as exigências impostas pelo Instituto Nacional de Transporte Terrestre (INTT) requerem uma pilha de documentos, do proprietário e do veículo, todos em três vias. Eles vão desde a contratação, por um ano, de apólice de cobertura de responsabilidade civil com seguradora venezuelana até a requisição de ingresso temporário de veículo de turista. Pela tabela divulgada pelo INTT, veículos de passeio e rústico vão pagar em torno de R$ 1 mil pelo seguro - a apólice contratada no Brasil não vale naquele país. A burocracia é despachada na Aduana Ecológica de Santa Elena de Uairén, na fronteira com Pacaraima, do lado brasileiro. De acordo com o secretário para Assuntos Internacionais do Governo de Roraima, Sérgio Pilon Guerra, "as medidas levaram a protestos dos muitos turistas roraimenses", engrossados por manifestações das empresas de ônibus que fazem a linha Boa Vista-Caracas, e das empresas transportadoras de cargas. O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, encaminhou um relatório ao ministro Celso Amorim pedindo sua intervenção e espera que ele consiga convencer o governo Hugo Chávez a recuar. "Se o Itamaraty não conseguir, a partir de março ficará muito difícil para os brasileiros viajar na Venezuela", adiantou o secretário. O perímetro do município de Santa Elena, onde os roraimenses fazem compras nos fins de semana, está livre das medidas. CORREÇÃO Diferentemente do publicado na pág. C5 de ontem, o governo do Estado promoverá uma virada social em Paraisópolis.

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