Vereador preso por chefiar milícia consegue licença da Câmara do Rio

Prazo é de 30 dias; ao término, Deco terá o mandato suspenso, ficará sem remuneração e com o gabinete administrativo desativado

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Por Tiago Rogero
Atualização:

RIO - O vereador Luís André Ferreira da Silva, o Deco, preso na semana passada acusado de chefiar uma milícia em comunidades de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, encaminhou pedido de licença de 120 dias à Mesa Diretora da Câmara Municipal. Segundo a Câmara, o presidente da Casa, vereador Jorge Felippe (PMDB), informou na sessão legislativa desta terça-feira, 19, que o pedido foi acatado, porém a licença só terá validade de 30 dias. A partir daí, se não comparecer, Deco terá o mandato suspenso, ficará sem remuneração e com o gabinete administrativo desativado.

 

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O vereador foi detido durante a Operação Blecaute, realizada pela Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE). Ele é acusado de chefiar um grupo paramilitar que planejou a morte da chefe de Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, então titular da 28ª DP (Campinho), e do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que presidiu a CPI das Milícias, concluída em 2008, que indiciou o vereador e outras 225 pessoas por envolvimento com organizações paramilitares no Rio.

 

Segundo a Câmara, a promulgação da Resolução da Mesa Diretora, que estabelece a licença para o vereador, foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da Casa, começando, portanto, a valer o prazo de um mês. Ainda na quarta-feira passada, dia da prisão, Deco foi desligado do Partido da República (PR).

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